Londrina sonha com playoff na volta ao cenário nacional

• 0

A segunda edição do Novo Basquete Brasil (NBB) começa hoje com uma atração paranaense. O Londrina, equipe mais tradicional do estado, volta ao cenário nacional após ter ficado fora do primeiro campeonato (encerrado em junho) por falta de verba.

Dessa vez, a união entre clube, iniciativas pública e privada possibilitou à equipe do Norte do Paraná estar na disputa. O investimento foi de R$ 50 mil para comprar a vaga no torneio e mais R$ 40 mil mensais para os custos com a folha salarial e a estrutura.

Cinco reforços foram contratados para a competição: Fernando Mineiro (ala-pivô), Adriano (pivô), Zezinho (armador), Bernardo (pivô) e o americano Leonard Mosley (ala-armador), oriundo da Universidade de Santa Bárbara, nos Estados Unidos.

No entanto, a principal estrela do time é o técnico Ênio Vecchi. Após quatro anos afastado, ele retornou em agosto querendo reviver os grandes momentos do clube. Sob o comando de Vecchi, o Londrina consolidou-se como força do basquete brasileiro entre o fim da década de 90 e o início dos anos 2000.

"Está sendo muito gratificante voltar e ver que a cidade continua apaixonada por basquete. Espero retribuir toda a confiança da torcida e do clube", afirma ele, treinador do capixaba Saldanha da Gama no primeiro NBB.

A ambição principal do representante paranaense no campeonato é chegar aos playoffs. Dos 14 participantes, oito classificam-se à fase decisiva após turno e returno – quatro vão direto às quartas de final e outros oito disputam uma repescagem que vale mais quatro vagas. As finais do NBB ocorrem em maio de 2010.

"Nessa volta do Londrina já vai ser um objetivo alcançado estar no playoff", reconhece Vecchi. "São quatro times (Fla­­mengo, atual campeão, Bra­­sília, Minas e Joinville) um pouco acima dos demais. No restante, todos podem brigar pelo playoff", avalia José Eduardo Vicente, o Leitinho, diretor de basquete do Londrina.

A equipe paranaense já terá uma pedreira na estreia. Amanhã, às 11 horas, em Santa Catarina, encara o Joinville. A esperança para uma boa campanha está mesmo nos jogos em casa. Nos bons tempos do basquete londrinense, o ginásio Moringão recebeu média de público superior a 7 mil pagantes.

"Jogaremos em casa no dia 15 contra o São José dos Campos e no dia 22 com o Flamengo. Já estamos vendendo os ingressos e também contamos com essa receita", comenta Leitinho.

O interesse pela modalidade na cidade fez a Liga Nacional de Basquete (LNB), organizadora do campeonato, guardar até o último momento a vaga para os paranaenses. A intenção é nacionalizar cada vez mais o NBB. Atualmente, além do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerias e Distrito Federal estão representados.

"É fundamental essa inclusão do Paraná. Sabemos do esforço para fortalecerem a equipe. Tenho certeza que podem fazer uma grande campanha", diz Kouros Monadjemi, presidente da Liga.