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O técnico Antônio Lopes deu a volta olímpica no Campeonato Paranaense em 1996 (Paraná) e 2004 (Coritiba), agora tenta repetir a façanha à frente do Atlético | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
O técnico Antônio Lopes deu a volta olímpica no Campeonato Paranaense em 1996 (Paraná) e 2004 (Coritiba), agora tenta repetir a façanha à frente do Atlético| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Personagem

Raul ressurge entre os titulares

"Quero que ele seja meia, ponteiro, atacante. Parta para cima, se movimente. A única obrigação defensiva será marcar o lateral adversário". As ordens são de Antônio Lopes para Raul. Depois de amargar um longo período na reserva, preterido por Nei e Wesley (improvisado), o jogador volta a ser titular da ala direita hoje, contra o Toledo, no interior do estado.

Oportunidade de se firmar depois que os antigos donos da posição deixaram o clube (para Internacional e Santos, respectivamente) e o principal concorrente, o prata da casa Gerônimo, não pôde ser usado por problemas na documentação – o atleta estava emprestado ao Olimpi Rustav, da Geórgia.

"Estou com muita vontade de jogar depois que passei praticamente o segundo semestre inteiro sem ter muitas oportunidades. O Lopes está conversando comigo, me passando confiança. Sei que só depende de mim", diz Raul, assíduo frequentador das seleções brasileiras de base.

Adversário

Porco convoca a torcida para bater favorito

O Toledo sonha ser uma das forças do interior e incomodar os grandes da capital no Paranaense. Terá uma ótima chance de mostrar se está apto a cumprir essas metas logo na primeira rodada, hoje, contra o Atlético. Atual campeão e único clube do estado na Série A nacional, o Rubro-Negro é visto com respeito pelos toledanos.

"Vamos jogar contra o Atlético, único time de Série A no campeonato. Independente do time deles, respeitaremos. O favoritismo é todo deles. Eles têm 12 meses de calendário e mais qualidade técnica, elenco e estrutura. Iremos tentar achar algum diferencial para superar isso e surpreender", disse o técnico Agenor Picinin.

O treinador conta com o apoio da torcida no 14 de Dezembro para descontar a diferença técnica para o Furacão. Quem for ao estádio, verá uma equipe bastante reformulada, com 14 novos contratados – 11 já vão a campo como titular.

Antônio Lopes inicia hoje, na partida do Atlético contra o Tole­­do, às 16h50, no interior do estado, a caminhada que pode torná-lo o único treinador campeão pa­­ranaense pelos três principais times do estado. Feito e tanto, que mexe com o orgulho do Delegado, normalmente avesso a badalações, vencedor de dois Regionais – 1996 (Pa­­raná) e 2004 (Coritiba). "Todo mundo tem sua vaidade, de procurar sempre o máximo, o melhor. Seria ótimo alcançar três títulos aqui, dirigindo os grandes times do Paraná em momentos distintos", enfatiza o técnico, 68 anos e 12 voltas olímpicas como treinador no currículo (considerando apenas campeonatos im­­portantes).

Há ainda um outro aspecto, que torna a marca, se conquistada na atual edição do Estadual, ainda mais relevante: Lopes completa 30 anos de carreira em 2010. "É a primeira vez que eu vou disputar um campeonato paranaense pelo Atlético. Trabalhei em um pelo Paraná e em dois pelo Cori­­tiba. Natu­­ralmente que a gente fica pensando nisso. Seria ótimo se o Atlé­­tico conseguir o título sob a minha direção", afirma, acrescentando na sequência: "Mas tenho consciência de que a parada é difícil".

O primeiro clube de Lopes foi o modesto Olaria, do Rio de Ja­­nei­ro, em 1980. De lá, rodou por ou­tros 20 times, além das seleções do Kuwait e da Costa do Mar­­fim (manager). Trabalhou também com Luiz Felipe Scolari, participando da comissão técnica que ganhou o quinto título mundial da seleção brasileira, em 2002, no Japão/Coreia do Sul. Antes, exerceu as funções de auxiliar e pre­­parador físico no Vasco.

"Toledo é longe (543 km)? Tem de ir de ônibus? Estou acostumado. Imagina como era no Olaria, no começo da minha carreira", diz, rindo, durante uma das di­­ver­­sas brincadeiras que fez com os jornalistas nos primeiros dias de trabalho da temporada.

O favoritismo que acompanha o Rubro-Negro por causa dos insucessos recentes dos rivais não mexe com o treinador. Lopes evita o rótulo. "Não tem nada disso. Não existe favoritismo em futebol e em lugar algum do mundo. Estamos em igualdade de condições com os outros (em referência a Coritiba e Para­­ná) e abaixo daquelas equipes que estão treinando desde no­­vembro", ressalta, abusando da precaução.

Para tentar amenizar o efeito do curto período de preparação, o Delegado optou por uma escalação alternativa para a estreia no Paranaense. Com o departamento médico cheio, jogam os me­­lhores fisicamente. For­­ma­­ção que terá oito atletas oriundos da categoria de base e os "forasteiros" Márcio Azevedo, Paulo Baier e Wallyson. "Nas primeiras rodadas não vamos po­­der exigir muito da rapaziada. Mas acho que esse pessoal pode responder presente", diz.

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Ao vivo

Toledo x Atlético, às 16h50, na RPC TV, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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Em Toledo

Toledo

Gottardi; Renato Mello, Glauco e Bill; Edson Mendes, Renato Gaúcho, Tobias, Leandro Bocão e Alemão; Andrade e Jessé.

Técnico: Agenor Piccinin.

Atlético

Neto; Manoel, Rhodolfo e Bruno Costa; Raul, Renan, Chico, Paulo Baier e Márcio Azevedo; Wallyson e Patrick.

Técnico: Antônio Lopes.

Estádio: 14 de Dezembro. Horário: 16h50. Ár­­bitro: Héber Roberto Lopes. Auxs.: Apa­­recido Donizetti Santana e Rafael Trombetta.

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