Goiânia, (AE) – Evandro Rogério Roman apita o fim do jogo aos 46 minutos e a invasão de campo é imediata. No meio de repórteres, cinegrafistas e aventureiros, o técnico Antônio Lopes corria como menino. "Agora sim, é campeão, é campeão", gritava o técnico, enfim, extravasando sua alegria. "Desde quando assumimos a liderança, tinha certeza de que o título não escaparia. E aí está."

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Aos 64 anos, o treinador conquista seu segundo Brasileiro – em 1997, Lopes foi campeão pelo Vasco, clube no qual, na temporada de 2000, também levantaria a Taça João Havelange.

As glórias, entretanto, preferiu dividir com todos os jogadores, comissão técnica, diretoria e também com os antecessores. "Não fui fundamental, apenas colaborei", exagerou na modéstia. "Temos de ressaltar o grande trabalho do Passarela (Daniel) e também do Márcio (Bittencourt)", disse, revendo a postura de apenas alguns dias atrás, quando considerava campeão apenas quem terminava à frente do time.

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Com contrato até dezembro de 2006, o técnico já faz planos para a Taça Libertadores da América. "Treinar o Corinthians era um projeto de vida (que cresceu após seguidos encontros com Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção brasileira), por sua estrutura e maravilhosa torcida. Estou nele e agora vamos com tudo na Libertadores", adiantou. "O grupo é bastante qualificado, mas precisamos de reforços para fazermos um bom papel na Libertadores."

Apesar de evitar falar em nomes, deve ter como opção de banco de reservas os jovens Renato (20 anos) e Ramon (17), ambos do Atlético-MG. E Rodrigo Tabata deve chegar. Neste domingo, o técnico corintiano teve um papo ao pé do ouvido com o camisa 10 goiano.

Não poderia, claro, deixar de cutucar os rivais, principalmente o Internacional. "Eles se preocuparam demais com a parte jurídica e se esqueceram de fazer sua parte em Curitiba. Agora não tem jeito", comentou, sobre a derrota dos gaúchos por 1 a 0 para o Coritiba.

"Calar as pessoas que queriam tumultuar foi muito legal. Até porque não fomos beneficiados, ganhamos os 4 pontos no campo e sem canetada do Zveiter (Luiz) que, por sinal, fez as coisas acertadamente", emendou. Não contente com o desabafo, foi além. "Quem estava tentando tirar o brilho da conquista não conseguiu."

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