São Paulo (AE) A guerra de nervos entre Corinthians e Internacional pelo título do Brasileiro ganhou, ontem, proporções inesperadas. O técnico e ex-delegado Antônio Lopes defendeu a prisão das pessoas envolvidas com o esquema de mala-preta os gaúchos estariam oferecendo dinheiro aos jogadores do Goiás para vencerem o Timão. Em contrapartida, em Porto Alegre chegou o boato de que dirigentes da MSI fizeram uma proposta para tirar do clube o atacante Rafael Sóbis.
"Para mim quem oferece e aceita suborno pode ser enquadrado em corrupção. As coisas devem ser investigadas e um inquérito deve ser instaurado. Comprovado essa história de um clube ficar pagando para jogadores de outros, as autoridades devem interferir. Constatando a culpa, as pessoas devem ser processadas e punidas. Severamente punidas. Sou pela legalidade e não aceito esse tipo de coisas no futebol", diz Lopes, em referência direta aos dirigentes do Inter. "E tem mais: o Corinthians não vai fazer a mesma coisa. Não irá pagar nada aos jogadores do Coritiba contra o Internacional, nada", enfatiza o ex-delegado.
A informação de que a diretoria do Goiás autorizou seus atletas a negociarem a premiação extra com os gaúchos foram irritando os corintianos. Entre os atletas, essas conversas predominaram.
"Se os jogadores do Goiás aceitam, é problema deles. O Internacional é que deveria depender apenas dos seus resultados e não apelar para outro time para tentar ser campeão. Eu acho que a atitude do Corinthians é a correta. Não dar nada ao Coritiba", elogia Marcelo Mattos.
"Se a diretoria do Internacional quiser pagar, que pague. Nós não iremos pagar sequer um tostão aos jogadores do Coritiba", diz, irritado, o diretor da MSI, Paulo Angioni.
Quanto ao interesse por Rafael Sóbis, ele é confirmado pelo empresário do jogador, Jorge Machado. A MSI, no entanto, nega. É mais um capítulo na guerra de nervos da decisão do Brasileiro de 2005.
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