Antônio Lopes não poderá comandar o Atlético do banco de reservas nos próximos cinco jogos do Brasileiro. O treinador foi condenado por unanimidade (quatro votos a zero) a 30 dias de suspensão pela Segunda Comissão Disciplinar do STJD, no Rio, por desrespeitar o auxiliar Altemir Hausmann na partida contra o Flamengo, na Arena da Baixada (6/9). No período, o Furacão enfrentará Palmeiras, Corinthians, Grêmio, Internacional e Santo André.
No outro julgamento em que o Rubro-Negro estava envolvido ontem, foi absolvido. O clube podia perder até 10 mandos de campo e pagar até R$ 200 mil por uma revista arremessada ao gramado no mesmo duelo com o Fla. A decisão também ocorreu de forma unânime.
"Chegou-se a comentar em 1080 dias de suspensão para o Lopes dependendo do que fosse denunciado. Mesmo com só 30 dias, vamos recorrer amanhã (hoje) e tentaremos também um efeito suspensivo", diz o advogado Domingos Moro.
No período sem o comandante titular, o auxiliar e filho do Delegado, Lopes Júnior, ficará à beira do gramado enquanto o técnico passará instruções via rádio de um camarote. O treinador não pode entrar no vestiário e nem conceder entrevista nos dias de jogos.
A estratégia da defesa atleticana valorizou a história do veterano Lopes e acusou Hausmann de ter agredido o atleticano durante o primeiro tempo da partida. Em depoimento, o técnico chamou o auxiliar de covarde e injusto.
No entanto, pesarem pela suspensão as imagens coletadas pela procuradoria. Durante a transmissão ao vivo da partida, os microfones dos repórteres que estavam no campo captaram a discussão e as duras palavras de Lopes contra Hausmann.
"O que pesou foi o sem caráter. Por isso foi apenado", opina o advogado.
Nem mesmo um boletim de ocorrência lavrado pelo atleticano pela suposta agressão do bandeira - foi capaz de convencer os auditores. Valed Perry, experiente jurista esportivo e presidente da comissão, revelou que lamentava punir o técnico pela sua história. Porém, afirmou que não via motivos para absolvê-lo.
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