Uma reunião hoje à tarde vai definir o futuro do brasileiro Lucas Tischer no Phoenix Suns. A equipe, que disputa a NBA, havia assinado contrato de dois anos com o jogador, mas na quarta-feira decidiu tirá-lo do elenco. Segundo o site em português da liga norte-americana de basquete, ele foi liberado para dar espaço ao jovem Sharrod Ford. O atleta paranaense que estava em São Paulo retirando o visto de trabalho nos Estados Unidos disse não ter sido informado sobre a rescisão e que espera definir a sua situação quando chegar ao Arizona.
Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, antes de embarcar para Phoenix, Lucas procurou mostrar tranqüilidade. De acordo com ele, já estava "quase certo" que não iria compor o time na liga nesta temporada. A opção apontada pela franquia seria jogar no torneio que reúne calouros e atletas que atuam poucos minutos na liga o campeonato (D-League) é usado principalmente para ambientar os novatos ao estilo de jogo da NBA. "A cada duas semanas eu voltaria para treinar com o grupo e ser avaliado", explicou o ex-jogador do São José dos Pinhais/Keltek.
A idéia não o convenceu. "Não tenho a intenção de ir para essa liga. Estou negociando com clubes da Europa e minha prioridade seria a Espanha", afirmou. "Não é questão de dinheiro. A Europa tem campeonatos muito fortes. Seria mais útil para mim", complementou.
Lucas disse ainda que tem um ano de contrato garantido com o Phoenix o segundo seria opcional e que poderia jogar no Velho Mundo mesmo já estando vinculado. O Suns aceita seu "empréstimo" desde que aprove a nova equipe.
Bem recebido pelos companheiros e a comissão técnica, Lucas nega a possibilidade de ser descartado pelo clube, como foi noticiado nos Estados Unidos. "Eles investiram muito em mim. Tenho consciência de que preciso melhorar para estar pronto para a NBA", comentou. Mesmo lidando bem com a confusão, ele deixou escapar uma crítica velada à liga. "A NBA é complicada. Hoje falam uma coisa, amanhã já é outra."
Apesar de convicto de que sua história com o Phoenix Suns está apenas começando, o ala-pivô também salientou que sua felicidade independe do glamour da liga. "Tem gente que considera a NBA um sonho. Não é meu caso. Meu maior sonho é jogar basquete, seja onde for."
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