O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se surpreso com a decisão da Fifa de excluir o estádio do Morumbi, que pertence ao São Paulo, da Copa do Mundo de 2014. "Acho estranho. Talvez seja uma exigência de engenharia ou arquitetônica de qualquer forma", ironizou ao responder se achava que a exclusão era uma picuinha da Fifa. "É impossível imaginar que, por conta de um estádio, não ter a Copa do Mundo em São Paulo", desabafou Lula, acrescentando que o prefeito da cidade e o governador do Estado "terão de se manifestar a respeito".
As declarações do presidente foram dadas em entrevista no Itamaraty após participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Lula listou a série de jogos e momentos importantes de competições que foram disputadas no Morumbi, para justificar a manutenção do estádio como opção para realização de jogos da Copa de 2014 em São Paulo.
Questionado sobre o uso de dinheiro público para construir estádios, o presidente avisou que "não terá estádio construído com dinheiro público", explicando, em seguida, que o governo já decidiu que todos os Estados terão até R$ 400 milhões de financiamento do BNDES para poderem se preparar para a Copa e construir estádios, onde for necessário. "Isso não é dinheiro público. É empréstimo que as pessoas pagam", disse ele ressalvando que, "a não ser que você seja proibido de emprestar dinheiro, coisa que já decidimos".
Em seguida, Lula defendeu que, independentemente de Copa do Mundo, que o Corinthians, que é o seu time, construa um estádio. "Porque ficar naquela Fazendinha que nós estamos ali há muito tempo, não dá mais. Mas eu sei que isso depende das finanças do Corinthians", disse Lula, ao insistir que "é muito ruim" a exclusão do Morumbi e a possibilidade de São Paulo ficar sem jogo na Copa. "São Paulo é o Estado mais importante do ponto vista econômico do futebol brasileiro", disse Lula, avisando que "se for o caso, nós vamos oferecer para a Fifa o 1.º de maio, da famosa Vila Euclides, onde nós fizemos greve de 78, 79 e 80".
Lula reiterou a necessidade de São Paulo ser uma das sedes da Copa do Mundo de futebol de 2014. "Sinceramente eu não entendo, eu não conheço, não sou especialista, não sou engenheiro, mas, eu acho que, um Estado rico como São Paulo, que tem um estádio de um time importante como o São Paulo, que funciona desde 1962, que já coube 100 mil pessoas, um estádio, onde o Corinthians foi campeão paulista depois de 23 anos, não sirva para a Copa do Mundo", desabafou ele. "Realmente eu acho tudo isso muito estranho", completou.
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