O lutador de taekwondo Diogo Silva, de 30 anos, afirmou ontem, em evento promovido pela Petrobras no Rio, que o Bolsa-Atleta programa do governo federal de apoio a esportistas de alto rendimento é "manipulado". "Tem atleta da minha modalidade que não está nem entre os dez melhores do Brasil e está recebendo salário da atleta de ponta, na categoria internacional e nacional", afirmou. "É manipulação do sistema."
Segundo ele, só quem tem envolvimento com políticos consegue receber a verba. "A gente entrega um currículo invejável, com duas Olimpíadas, e fica fora. Toda vez retorna dizendo que falta documento. A gente sabe que é uma coisa que não está seguindo pelo melhor lado."
Silva também se mostrou descrente em relação ao repasse direto da verba aos atletas, sem intermediação das confederações esportivas. "O Brasil precisa ter compreensão de que não é o dinheiro que faz o atleta."
De acordo com Silva, nenhuma categoria segue o rumo adequado. "O Brasil está com uma propaganda política de nova geração, de investimento na base, mas tem de saber fazer a base", disse. "Não existe futuro no esporte porque não dá pra saber se um garoto de 12 anos será campeão olímpico sem desenvolvê-lo", emendou ele, que nos Jogos de Londres terminou na quarta posição ao perder a disputa do bronze para o norte-americano Terrence Jennings.
STF terá Bolsonaro, bets, redes sociais, Uber e outros temas na pauta em 2025
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Ser “trad” é a nova “trend”? Celebridades ‘conservadoras’ ganham os holofotes
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Deixe sua opinião