Ryuji Sonoda, treinador da seleção feminina de judô do Japão, renunciou ao seu cargo após acusações de que ele abusou fisicamente de atletas durante um período de treinamento antes dos Jogos Olímpicos de Londres. Sonoda disse nesta quinta-feira (31) que seria "difícil" para ele continuar o seu trabalho após as acusações.
A Confederação Japonesa de Judô confirmou nesta quarta-feira que Sonoda usou de violência após a revelação de que 15 atletas enviaram uma carta ao Comitê Olímpico japonês no final de 2012 reclamando que tinham sido submetidos a perseguição e a violência física por Sonoda nos preparativos para os Jogos Olímpicos.
"Lamento profundamente que o meu comportamento, palavras e ações tenham causado problemas", disse Sonoda, quer foi campeão mundial na categoria até 60 quilos. "Será difícil para mim seguir como treinador da equipe".
A saída de Sonoda é o último de uma série de incidentes embaraçosos no judô japonês. No ano passado, o bicampeão olímpico Masato Uchishiba foi acusado de estuprar uma adolescente.
O Japão não conseguiu ganhar sequer uma medalha de ouro no judô masculino nos Jogos Olímpicos de Londres. O único ouro para o país que inventou o esporte foi conquistado por Kaori Matsumoto na categoria até 57kg entre as mulheres.
O uso de castigos corporais no esporte japonês está sob os holofotes após o suicídio em dezembro de um estudante do ensino médio que sofreu repetidos espancamentos do seu treinador de basquete.
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