Anderson Silva diz que o principal erro na derrota para Weidman foi o posicionamento das pernas, que promete não repetir| Foto: UFC/ Divulgação

Feminino

Norte-americanas travam confronto cheio de expectativa

Luta principal à parte, uma revanche feminina promete dominar a atenção do público no UFC 168. Campeã peso-galo (até 61 kg), a americana Ronda Rousey compete pela segunda vez contra sua principal rival, a compatriota Miesha Tate.

As lutadoras, que se enfrentaram pela primeira vez em março do ano passado no extinto evento Strikeforce – com vitória de Ronda –, protagonizaram a mais recente e emocional edição do reality show The Ultimate Fighter (TUF), nos Estados Unidos.

Medalhista de bronze no judô em Pequim-2008, Ronda, 26 anos, é um fenômeno. Venceu todas suas sete lutas por finalização com chave de braço no primeiro round e promete manter-se invicta até a aposentadoria. "Nenhuma garota tem o direito de me derrotar sob quaisquer circunstâncias. Não vou deixar isso acontecer", promete, com convicção, a ex-judoca.

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Três motivos pontuam, na opinião de Anderson Silva, a importância fora do comum dada por ele ao combate principal do UFC 168, hoje à noite, em Las Vegas (EUA).

No octógono do MGM Grand Garden Arena, mesmo local onde 174 dias atrás o brasileiro sofreu um nocaute inédito, ele revê seu algoz. Dessa vez, porém, o americano Chris Weidman é quem carrega o cinturão peso-médio (até 84 kg) do maior campeonato de artes marciais mistas (MMA).

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Recuperar o título que conquistou em 2006 é um desejo movido pela família e técnicos do brasileiro (confira a trajetória do lutador no gráfico).

Mas também é a forma mais efetiva para apagar a grande mancha de sua carreira. "Isso [ser campeão novamente] é muito importante para mim", disse Spider, durante sessão com a imprensa em sua academia particular, a Muay Thai College, no subúrbio de Los Angeles, onde mora. "Pela minha família, pelos meus técnicos e pelo meu legado, é muito importante", ressaltou o paulista criado em Curitiba.

Imediatamente após o revés, em julho, Silva declinou a possibilidade de uma revanche. Mudou de ideia semanas depois, convencido pelo presidente do UFC, Dana White, que certamente lhe ofereceu uma bolsa polpuda por sua presença naquele que deve entrar para a lista dos três eventos mais vendidos da história da organização.

Marcado o reencontro com Weidman, o brasileiro mencionou duas explicações para sua primeira derrota em 18 duelos. Primeiro, falou que estava "baleado", a 85% da condição ideal por causa de uma lesão nas costelas, sem entrar em detalhes. Depois, explicou que cometeu um erro básico ao deixar os pés paralelos quando recebeu o fatídico soco que o fez beijar a lona. Também reclamou que deixou de contra-atacar. Fatores que somados ajudaram a chocar o mundo do MMA.

Assim, o ex-campeão alterou a rotina de treinos para não repetir as mesmas falhas. "Fizemos algumas mudanças. Claro que quando você encontra um erro, tem de mudar. A primeira luta está no passado, estamos pensando na próxima e tudo vai ser diferente", vaticinou Silva. Sobre a maneira desleixada com que se apresentou, chegando ao cúmulo de zombar do rival no ringue, Anderson garantiu que não interferiu no resultado.

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Seja na repetição do cenário antigo ou em um novo contexto – com um adversário mais focado –, o americano tentará mostrar que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar.

"Sinto que para provar que sou o verdadei ro campeão preciso manter o cinturão. Especialmente lutando contra o mesmo oponente. Preciso mostrar que não foi uma casualidade", lembrou Weidman, prometendo finalizar o ex-campeão e começar a construir o próprio legado no UFC.

A luta começa por volta das 2h30.