O futuro da divisão média (até 84 kg) do UFC começa ser desenhado neste sábado (18), na pequena Jaraguá do Sul (SC). A estreia do campeonato no Interior do país justamente na menor cidade fora dos Estados Unidos a receber uma edição do evento deve definir o próximo desafiante ao título, cujo dono, desde 2006, é Anderson Silva. O brasileiro Vitor Belfort, 36 anos, e o americano Luke Rockhold, 28, são os candidatos. A principal luta da noite começa por volta de 23h30.
Com exceção de Chris Weidman, que desafia o Spider no dia 6 de julho, em Las Vegas (EUA), não há nomes mais fortes no momento para encarar o campeão. Isso, claro, se o lutador radicado em Curitiba confirmar seu favoritismo e chegar ao 16.º triunfo consecutivo no Ultimate.
Belfort é o atual número dois do ranking e vem de três vitórias seguidas entre os médios. A última, em janeiro, contra o inglês Michael Bisping, que na ocasião estava cotado como próximo desafiante. Desde que foi nocauteado em 2011, o carioca nunca escondeu que pretende atravessar o caminho de Anderson novamente.
Já Rockhold, quinto na lista dos melhores da divisão, carrega o peso de ser o último campeão do Strikeforce, torneio incorporado pelo UFC no ano passado. Mesmo sem ter batido nomes de tanta expressão com a ressalva de Ronaldo Jacaré, que também luta em Santa Catarina ele ganhou logo de cara a chance de testar seu potencial contra um 'dinossauro' do esporte.
"Estou focado na vitória. O amanhã vem depois. Estou feliz de ser o único T-Rex nessa selva", ressaltou Belfort, que entre idas e vindas já competiu 17 vezes no UFC desde 1997. O Fenômeno, porém, se recusa a falar sobre uma possível revanche.
"Vitor é uma lenda do MMA. Ele não perdeu para ninguém na divisão além do Anderson Silva, destruiu todo mundo e venceu o então candidato número 1 ao cinturão. Se eu vencê-lo, faço meu nome e me coloco no topo da divisão. Definitivamente, é a maior luta da minha carreira. Vai mudar minha vida", declarou Rockhold, faixa-marrom de jiu-jítsu.
O americano, que passou a adolescência assistindo ao ídolo Belfort lutar, questionou a utilização de TRT (terapia de reposição de testosterona) pelo brasileiro. Para ele, o veterano não parece normal. Estaria muito mais forte por causa do tratamento, que é liberado pelo UFC somente por questões médicas.
Nesta sexta-feira (17), na pesagem, a encarada foi tensa e ambos tiveram de ser contidos. O dinossauro minimizou.
"Estou focado em mim, não no meu oponente. Após a luta acabam as provocações, os caras se abraçam. Não julgo ninguém, faço o que é correto. Tento fazer o meu melhor", fechou Belfort.
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