Em poucos dias, o UFC mexeu com a rotina de Curitiba. A vinda dos principais lutadores do evento do dia 14 de maio e o lançamento oficial da venda de ingressos causou uma louca corrida por bilhetes para o show na Arena da Baixada. Ao mesmo tempo, também gerou cenas bastante curiosas e até inimagináveis até pouco tempo atrás.
Veja, na linha do tempo abaixo, um resumo do que aconteceu.
Segunda-feira, 28 de março
A pré-venda de ingressos começou com tudo. Em duas horas, os sócios do Atlético e assinantes do canal Combate esgotaram todos os ingressos mais baratos (até R$ 200) disponíveis – a carga foi limitada a 50% dos setores.
O UFC desembarcou na cidade para uma série de ações de divulgação do UFC 198. A primeira atitude foi ir até o Jardim Botânico para uma sessão de fotos com os principais atletas do card.
O dia não poderia terminar sem uma bomba. A curitibana Cris Cyborg foi incluída no card, fechando assim as 13 lutas do UFC Curitiba. Será a estreia da nocauteadora no torneio.
A noite dos lutadores também foi cansativa. Foram várias horas de gravação de chamadas de televisão em um galpão na cidade. O americano Stipe Miocic, único gringo, ficou meio deslocado, mas não deixou de tirar fotos com fãs.
Terça-feira, 29 de março
Pela manhã, o que mais chamou a atenção foi a visita dos lutadores à Arena da Baixada, palco do maior evento de MMA do país. Anderson Silva e Vitor Belfort, que têm um enorme histórico de rivalidade, até bateram bola no gramado sintético.
Até o goleiro Weverton, titular do Atlético, entrou na brincadeira ao tentar defender pênaltis. O coxa-branca declarado Maurício Shogun marcou, mas comemorou discretamente. Ele até ganhou uma camisa do Furacão.
Fabrício Werdum, campeão dos pesados, não teve tanta sorte. “O negócio dele é dar porrada”, brincou o goleiro Weverton.
À noite, na festa de lançamento da venda de ingressos, o clima mudou. Perguntados sobre política, os atletas não fugiram da raia e deram suas opiniões sobre a crise política brasileira. Belfort, inclusive, até convidou o juiz Sergio Moro para assistir o UFC 198. “Pago os ingressos do meu bolso”, disse o ex-campeão.
Mas também teve ‘polêmica’. O Spider, por exemplo, lançou uma frase chamativa ao comentar seu caso de doping. “Sai de bombado para brocha”, sentenciou , negando ter usado esteroides.
Anderson também falou sobre a pressão que fez para voltar a lutar em Curitiba, onde foi criado. A última vez que se apresentou na capital paranaense foi em 2002. Sua primeira derrota na carreira também foi na cidade.
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+ VÍDEOSE na festa também veio o aviso. O presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker, disse que a tendência era que os ingressos acabassem já no primeiro dia de vendas ao público geral.
Quarta-feira, 30 de março
O anúncio causou correria entre os fãs de MMA. Pela manhã, o site responsável pelas vendas de ingressos registrou lentidão e várias horas de espera. Nos pontos de venda física também houve tumulto e grandes filas. Às 11h30, apenas 1h30 depois do início das vendas, restavam apenas dez mil bilhetes.
A loucura pelos ingressos causou também uma cena curiosa. Como os ingressos estavam acabando, em alguns pontos de venda os compradores com prioridade, como idosos e grávidas, foram passados à frente nas filas. No fim do dia o UFC chegou a divulgar pelo Twitter um novo lote de tíquetes, mas eles sumiram rapidamente do site de vendas devido à alta procura.
Enquanto quem conseguiu comprar seu ingresso comemorou bastante, houve também quem se aproveitasse da situação para tentar ganhar dinheiro. Em alguns sites de revenda, tíquetes para o lugar mais barato (R$ 139) chegaram a ficar 400% mais caros. No fim do dia, sobraram apenas poucos ingressos para setores mais próximos ao octógono.
Na louca busca por ingressos, apareceram até boatos sobre desvios de bilhetes. A foto do líder da academia Evolução Thai, André Dida, com maços de entradas causou alvoroço nas redes sociais. Houve quem o acusasse até de atuar como cambista. Porém, seu time foi credenciado pelo UFC como ponto de venda ofici a l e vendeu tudo legalmente.
Quinta-feira , 31 de março
O sucesso instantâneo das vendas do UFC Curitiba também afeta positivamente o Atlético , parceiro do campeonato de MMA na organização do evento. A intenção do clube é receber uma edição a cada dois anos, diz o presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia. Além de divulgar um vídeo em que chama Curitiba de “solo sagrado das artes marciais”, a organização do UFC anuncia que todos os 43 mil ingressos disponíveis para o público foram vendidos.
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