A kosovar Majlinda Kelmendi (de branco) venceu a brasileira Érika Miranda na final da categoria até 52 kg| Foto: Sergio Moraes / Reuters

Ainda não foi nesta terça-feira (27) que o judô feminino do Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro em Mundiais. Érika Miranda foi até a final da categoria até 52 kg no Maracanãzinho, mas terminou com a medalha de prata após ser derrotada, por um ippon de finalização, por Majlinda Kelmendi, atleta do Kosovo que lidera o ranking mundial.

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A medalha de Érika é a segunda do Brasil no Mundial do Rio. No dia anterior, Sarah Menezes conquistou o bronze na categoria até 48 kg. Outras seis brasileiras irão lutar nos próximos quatro dias. No domingo acontece a disputa por equipes.

O segundo lugar é a primeira conquista de expressão na carreira de Érika, que já tem oito medalhas continentais, mas só foi uma vez campeã pan-americana, no ano passado. Em 2013, ficou apenas com o bronze. Até então, sua maior conquista havia sido o Grand Slam de Moscou, no ano passado. Este ano, foi vice-campeã no mesmo evento.

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"Minha vitória foi pessoal. Hoje eu consegui uma medalha. Meu objetivo era subir no pódio. Tem muitas vezes que eu estava batendo na trave, faltava uma medalha grande. Essa valeu", disse Érika, com dificuldades, atrapalhada pelo choro intenso, em entrevista ao SporTV.

Na final desta terça, não foi páreo para Kelmendi. A brasileira foi a primeira a receber uma punição, no segundo minuto de luta. Em vantagem, a adversária deixou de atacar e também recebeu um shido. Mas, a 1min20 do fim da luta, a kosovar conseguiu derrubar a brasileira e ganhar um wazari. Na sequência, se manteve por cima para garantir o ippon.

"Judô é assim mesmo. Até no último segundo pode ganhar, pode perder. Ele era uma adversária forte, a gente não pode cometer esses erros", disse Érika, explicando sua falha. "Andei para trás, não podia andar para trás com ela. No único momento que eu andei para trás ela venceu", completou.

A campanha

A medalhista de prata iniciou a trajetória no Mundial contra a holandesa Birgit Ente, número 43 do ranking. Numa luta difícil, conseguiu a vitória apenas a 16 segundos do fim, com um ippon. Na sequência, a adversária foi a russa Natália Kuziutina, vencida somente porque a brasileira teve menos advertências depois de cinco minutos de luta.

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Diante da finlandesa Jaana Sundberg, quarta do ranking, Érika mostrou-se mais combativa no início e viu a oponente receber a primeira punição. Em desvantagem, a europeia teve de procurar o golpe e abriu espaço para a brasileira, que primeiro pontuou com um yuko e em seguida conseguiu um belo ippon, com 2min52 de luta.

Na semifinal, se vingou da romena Andreaa Chitu, responsável por eliminá-la do Mundial de Tóquio, há dois anos. Com o apoio da torcida, foi agressiva, tentou o golpe a luta toda e acabou vencendo com um wazari depois de três minutos e meio. Depois, praticamente não foi ameaçada.