A vitória de Esquiva Falcão sobre Pubilo Pena, sábado à noite, no ringue do MGM Hotel, em Las Vegas, foi acompanhada de perto pelo empresário Bob Arum. Na segunda vitória como profissional, o medalha de prata em Londres/2012 agradou ao "chefe". "Ele foi bem. Para uma estreia em Las Vegas, foi bem. Vamos passo a passo", disse o dono da Top Rank, que tem em seu planejamento colocar o brasileiro em ação mais duas vezes: dia 31 de maio e 19 de julho, ambas em Macau, na China.
Com uma atuação segura, sem desperdiçar golpes e apresentando um bom preparo físico, Esquiva Falcão derrotou Pena por pontos, após seis rounds. "Estou muito feliz, pois a ansiedade era muito grande em fazer uma preliminar da luta de Manny Pacquiao", declarou o brasileiro.
Esquiva revelou à reportagem que ficou ainda mais nervoso quando subiu ao ringue e viu que o empresário Bob Arum estava na primeira fileira. "Queria fazer uma boa apresentação para ele. Minha ideia era nocautear no terceiro ou quarto assaltos, mas o cara aguentou muita pancada", disse o brasileiro, que venceu em decisão unânime dos jurados: dois deram 60 a 54 e um 60 a 53. Esquiva venceu em todos os rounds.
O que mais deixou o pugilista animado foi o preparo físico. "Treinei duro 40 dias e se tivesse vencido por nocaute rapidamente não teria ideia do quanto estou bem. Lutei forte os seis rounds e não estou cansado." Ao mesmo tempo, o boxeador apontou os pontos que pretende melhorar para seu próximo combate. "Acho que a pegada ainda precisa ser melhorada, além de aperfeiçoar os golpes na linha de cintura."
Outro detalhe foi com relação à guarda. "Tenho uma mania que vem comigo do amador de abaixar a guarda após a troca de golpe, pois lá o juiz grita 'stop' e a luta para. No profissional isso não acontece." Por várias vezes Esquiva deixou a guarda baixa e por pouco não foi atingido pelo adversário.
Segundo o técnico Miguel Diaz, Esquiva só terá o domingo de folga. Na segunda-feira, ele já retoma os treinos leves. "Não é momento para descansar. As lutas serão seguidas e não posso diminuir o ritmo. Quando chegar a hora de lutar duas vezes por ano, que nem o Pacquiao, aí a gente descansa."
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