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 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A uma semana de Curitiba receber sua primeira edição do maior evento de MMA (Mixed Martial Arts), o UFC, a cidade teve uma espécie de “aquecimento” neste sábado (7) com a 20.ª edição do Gladiator Combat Fight, na casa de eventos Sistema X, à beira da BR-277, no bairro Órleans.

Enquanto o evento na Arena da Baixada, no próximo dia 14, – o UFC 198 – será o primeiro na América em um estádio de futebol coberto, no qual o público poderá presenciar o auge do espetáculo e o glamour que a modalidade pode oferecer, o Gladiator é o oposto: mostra o lado roots da luta. E atrai o público exatamente por apresentar em seu card os combates, em sua maioria, de atletas amadores em busca de um lugar ao sol.

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Ainda assim, os dois eventos têm muito em comum, guardadas as devidas proporções. Ambos têm o luxo de apresentar os combatentes ao som de músicas estimulantes à luta e belas garotas apresentando cada round, as ring girls.

Se na Arena o os combates serão os principais eventos da noite, as 30 lutas - cinco profissionais de MMA e uma de muay thai e as demais de amadores – tinham hora para acabar: a partir da meia-noite a casa abriria as portas para a habitual balada dos sábados.

No Gladiator, o público tem a vantagem de ficar mais perto da área de combate, a preços bem mais acessíveis – os ingressos mais caros não ultrapassaram os R$ 30, um quinto dos mais baratos R$ 150 para o UFC. Também não havia telões para replays como no UFC. Para quem gosta dos golpes com sangue, o Gladiator tem, como o UFC, mas em menor frequência, já que os amadores usam capacetes protetores e caneleiras. Rivalidade e provocações também têm. Mas em menor proporção e se limitam às redes sociais, sem invadir a grande mídia.

O calor da torcida, é, de longe, o maior atrativo do Gladiator, que varia dos isolados “eu te amo” ou “arrebenta ele” ao coletivo “Uh ! Vai morrer”, quando a galera percebe que um dos lutadores está prestes a nocautear o adversário.

Tecnicamente, alguns confrontos realmente animam pela qualidade. Outros duram menos de um minuto pelo abismo técnico entre os oponentes. E ainda acontece algo ainda não visto no UFC: no Gladiator há até desistência por WO, com um dos lutadores desistindo de última hora. Há quem diga que seja por medo do adversário. Ou até mesmo por não suportar a pressão do confronto em público.

E há ainda certo ar de celebridades: para quem conhece o meio, o Gladiator é hora de ver nomes como o announcer Xicão Joly dar a graça de anunciar um dos confrontos ou encontrar circulando nos bastidores algum dos lutadores que já galgaram novos patamares. Essa noite, foi a vez de Serginho Moraes, que estará no card do UFC 198.

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