As poucas dezenas de ingressos para o UFC 198 apreendidos pela Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon) nesta sexta-feira (15), em Curitiba, serão recolocados à venda na bilheteria oficial do evento.
“As entradas ficam apreendidas. Vamos informar o UFC sobre o ocorrido e eles devem emitir novos ingressos para os mesmos locais. Mas o número é irrisório”, avisa o delegado-titular da Delcon, Guilherme Rangel, em entrevista à Gazeta do Povo.
Com sistema travado, ingresso mais barato do UFC Curitiba fica 400% mais caro em site de revenda
Leia a matéria completaNa operação policial desta sexta, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva. As buscas aconteceram nos bairros Portão, Hugo Lange, Rebouças, Boqueirão e Bairro Alto. Ninguém foi preso.
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Ao todo, foram colocados à venda cerca de 42 mil bilhetes para o evento de 14 de maio, na Arena da Baixada. A vinda do campeonato de MMA à capital paranaense causou alvoroço nos fãs, que esgotaram as lugares em dois dias de pré-venda e apenas nove horas de venda aberta ao público geral.
O show também atraiu a atenção de cambistas, que chegaram a cobrar R$ 708 por um lugar de arquibancada oficialmente comercializado por R$ 139 – aumento de 409%. Para um dos setores mais caros, que custa R$ 1.500, foram encontrados bilhetes a R$ 10 mil, aumento de 567%% em relação ao valor original.
“Infelizmente pouca coisa foi pega, coisa de dezenas. E a maioria em arquivo PDF. O que tinham de ingresso físico já foi vendido. Vamos tentar pegar esses ingressos já revendidos também”, explica Rangel.
A Polícia Civil do Paraná também pediu o bloqueio de dois sites que vinham fazendo essa comercialização, o Mercado Livre e Ticketbis. A Justiça fixou multa diária de R$ 3 mil por anúncio em caso de descumprimento.
Segundo o delegado, os suspeitos não fazem parte de grupos, agem de maneira isolada, mas tinham em comum a maneira como comercializavam os bilhetes. Todos foram ouvidos nesta sexta e acabaram liberados após prestar depoimento.
De acordo com a Delcon, os investigados cometeram crime pela intenção de lucrar com a prática, já que vender o ingresso vira delito apenas se a pessoa o fazer por um valor acima do que foi adquirido.
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