O presidente da Federação Internacional de Luta (Fila, na sigla em francês) renunciou neste sábado (16), na sequência da decisão de retirar o esporte da lista de eventos olímpicos. A saída do suíço Raphael Martinetti aconteceu na reunião do Comitê Executivo da Fila, realizada em Phuket, na Tailândia, e foi confirmada por Nenad Lakovic, membro da entidade. Martinetti estava no cargo desde 2002.
No início da semana, o Comitê Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou a luta da lista de esportes garantidos nos Jogos Olímpicos de 2020, em decisão que ainda precisa ser ratificada pela assembleia geral da entidade. Assim, ele terá que competir com outros esportes para conquistar uma vaga no programa.
O diretor executivo da Federação de Luta dos Estados Unidos, Rich Bender, elogiou Martinetti, mas disse que sua saída pode aumentar as chances do esporte de retornar ao programa olímpico.
"Esta decisão dá uma oportunidade para luta mudar e melhorar", disser Bender, em um comunicado publicado no site da federação norte-americana. "O esporte vai agora ter condições de criar um novo relacionamento com o Comitê Olímpico Internacional e resolver alguns dos desafios prementes e oportunidades que enfrentam a luta".
A luta ainda tem uma chance de ficar no programa olímpico a partir de 2020, se conseguir convencer o COI a reverter a decisão inicial. Além disso, vai se juntar a outros sete esportes na tentativa de fazer parte da Olimpíada daqui a sete anos: caratê, squash, patinação artística, escalada, wakeboard, kung fu e uma proposta conjunta de beisebol e softbol.
O Comitê Executivo do COI vai se reunir em maio, em São Petersburgo, na Rússia, para decidir qual esporte ou esportes poderão ser incluídos no programa de 2020. A votação final será feita na Assembleia Geral da entidade, em setembro, em Buenos Aires, quando também será definida a sede da Olimpíada de 2020. Tóquio, Madri e Istambul disputam o direito de organizar o evento.