Desde 2006, são 16 vitórias no UFC. Nenhuma derrota. Ele é o lutador com o maior número de defesas de cinturão na história do evento dez ao todo e o dono da maior precisão nos golpes. De cada dez ataques, praticamente sete furam a guarda dos adversários. A maioria fica sem resposta, já que apenas duas lutas chegaram à decisão dos jurados.
Com números inquestionáveis e rara capacidade de melhorar à medida que envelhece, Anderson Silva, 38 anos, coloca sua dinastia em jogo pela 11.ª vez na madrugada deste domingo, em Las Vegas. Se o brasileiro é tão bom, entretanto, por que o desafiante Chris Weidman, 29, é cotado como a maior ameaça na disputa do título dos médios (até 84 kg) da organização? O duelo começa por volta de 1h30.
Impecável: veja os números de Anderson Silva no UFC
Invicto em nove combates, o americano tem, em teoria, as ferramentas necessárias para explorar a principal deficiência do Spider: o wrestling. Weidman é duas vezes campeão americano de luta olímpica, além de ser um faixa marrom de jiu-jítsu com capacidade comprovada de finalização três de suas vitórias aconteceram assim.
Para evitar a trocação, o americano tentará derrubar Anderson, assim como fez o também wrestler Chael Sonnen em 2010. A diferença é que, desta vez, a chance de um triângulo salvador surgir nos últimos instantes do último round diminui consideravelmente.
Também conta a favor do confiante Weidman, apesar de apenas cinco confrontos de experiência no UFC, mãos pesadas e cotovelos afiados. Que o diga Mark Muñoz, nocauteado no confronto que definiu quem enfrentaria Spider, no ano passado.
"Eu vou derrotar Anderson Silva no dia 6 de julho de 2013 e me tornar o campeão", diz um cartaz colado na geladeira do americano, junto da foto do campeão. "Me recuso a perder; como saudável; sem desculpas; trabalho duro todos os dias; físico, mental e espiritual", completa o bilhete.
Como lhe é peculiar, Silva fala da luta com tranquilidade. "Mais um dia normal de trabalho", repete ele. "Weidman tem bom jiu-jítsu, bom wrestling, boa luta em pé. Mas eu treinei para todas as dificuldades que possa vir a ter", continua o lutador criado em Curitiba, pronto para surpreender de novo em Las Vegas.
Se vencer, Anderson tem confirmada uma superluta contra Jon Jones ou Georges St. Pierre. Se perder, o presidente do UFC já garantiu a revanche. Para isso, porém, Weidman precisa acabar com a maior dinastia do MMA.
Mais brasileiros
Além de Spider, o Brasil será representado por outros cinco brasileiros no UFC 162. O peso-pena (até 66 kg) Charles Do Bronx encara Frankie Edgar na segunda principal luta da noite. Já Roger Gracie tenta honrar o nome da família inventora do jiu-jítsu brasileiro contra o americano Tim Kennedy. O peso-pesado (até 120 kg) Gabriel Napão enfrenta Dave Herman, enquanto os leves (até 70 kg) Edson Barboza e Rafaello Trator fazem o duelo nacional.
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