Treinado por descobridor de Anderson Silva, carioca radicado em Curitiba tenta marcar ascensão com título do Bellator

Em 2010, o carioca Rafael Carvalho desembarcou em Curitiba para disputar um torneio amador de muay thai. Lutar MMA (artes marciais mistas) não passava por sua cabeça.

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Menos de cinco anos depois, após 11 vitórias seguidas como lutador profissional, o peso-médio (até 84 kg) disputa nesta sexta-feira (23), Uncasville, nos Estados Unidos, o segundo cinturão mais cobiçado do esporte. Se vencer o invicto americano Brandon Halsey, o brasileiro trará para a capital paranaense, onde está radicado desde então, o título do Bellator.

“Se for ver, foi uma ascensão meteórica mesmo”, admite Carvalho, de 29 anos, que treina com o mestre Fábio Noguchi, responsável pela faixa-preta de muay thai do ex-campeão do UFC Anderson Silva.

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Com 1,90 metro de altura e o poder de nocaute como principal característica – são nove triunfos por nocaute –, além também lutar entre os médios, o carioca pode até lembrar algumas características do Spider. Mas ele é incisivo ao dizer que não tem o multicampeão como exemplo.

“Se for para me espelhar em alguém, me espelho no mestre Noguchi. Afinal, foi ele quem ensinou quase tudo que o Anderson sabe”, diz o lutador, que também é treinado por Christopher Led e Madison Filho.

Carvalho gostou tanto da primeira impressão que teve de Curitiba que, assim que voltou para casa cinco anos atrás, avisou a mãe que tentaria a sorte na terra que revelou vários campeões de MMA. Estreou com derrota, em dezembro de 2011, mas não sabe o que é derrota desde então.

A estreia no Bellator foi em setembro do ano passado, com nocaute técnico sobre o americano Brian Rogers. Depois, lutou apenas mais uma vez (decisão dividida contra Joe Schilling) para se colocar na disputa do título. Uma rápida ascensão que ele quer confirmar diante de Halsey, um ex-campeão da categoria que perdeu o título mesmo sempre tendo a mão erguida pelo juiz.

No caso, o grande revés do americano foi para a balança. Em maio, no combate contra Kendall Grove, o americano de 29 anos ficou 1,360 kg acima do permitido. Venceu o duelo, mas voltou para casa sem a conquista.

“Para mim, isso é falta de profissionalismo. Você se compromete a fazer uma coisa [bater o peso] e não faz. É um desrespeito com o atleta que está do outro lado”, acredita o brasileiro, que quer fazer usar sua mão pesada para vencer o combate mais importante da sua meteórica carreira.