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Evento lotou a Arena da Baixada no sábado, com público de mais de 45 mil pessoas. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Evento lotou a Arena da Baixada no sábado, com público de mais de 45 mil pessoas.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A passagem do UFC por Curitiba, no último fim de semana, deixou resultados econômicos na cidade dignos de um nocaute na crise. Setores ligados ao trade turístico da capital paranaense, como hotelaria, bares e restaurantes, registraram números positivos diretamente ligados à realização do evento, um alívio diante do momento ruim da economia no país.

“A rede hoteleira quase lotou, a parte gastronômica também comemorou, assim como quem trabalha com receptivo, taxistas. O evento deu um up bem interessante para esse momento. Foi uma refrescada nos setores ligados ao turismo”, afirma Caíque Ferrante, presidente do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba (CTur).

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De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná (ABIH-PR), o principal campeonato de MMA foi responsável por um incremento de mais de 40% no número de hóspedes em comparação com a média de um fim de semana comum, quando a taxa de ocupação fica abaixo da metade dos quartos disponíveis.

“Praticamente não tinham hotéis disponíveis para a noite de sábado. A maioria deles teve média de ocupação de mais de 90%”, diz o vice-presidente da ABIH-PR, Paulo Peretti.

Para os comerciantes do ramo gastronômico, o UFC conseguiu elevar o movimento para níveis normais, antes do período de crise. O auge foi no almoço de domingo, quando os restaurantes da cidade receberam, em média, 30% mais clientes, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel – seção Paraná).

“Desde o jantar de quarta-feira notamos um aumento interessante. Somente no sábado à noite [dia do evento] que foi normal”, confirma Márcio Madalosso Bertoli, um dos proprietários do restaurante Madalosso, em Santa Felicidade.

“Conheço nossa clientela e sem dúvida foi o UFC que proporcionou essa alteração. Teve gente da Colômbia, Portugal, Argentina, Chile, além de muitos catarinenses e paulistas”, completa Bertoli, que serviu quatro mil refeições no domingo, contra as tradicionais três mil.

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“As pessoas ficaram mais entusiasmadas, mais predispostas a sair de casa para conversar. A semana do UFC me fez lembrar de alguns anos atrás, sem crise”, enfatiza o diretor executivo da Abrasel, Luciano Bartolomeu.

Outro nicho que comemorou a realização do UFC foi o de táxis. O Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná (Sinditaxi-PR) estima que cerca de 1500 carros passaram pela Arena da Baixada entre a tarde de sábado e a madrugada de domingo. “No meu caso, fiz o dobro de corridas”, conta o taxista Murilo Santos, há cinco anos no ramo.

“Não consegui parar do meio-dia de sábado até a madrugada de domingo”, acrescenta Santos. Além de levar turistas ao estádio atleticano, o taxista também cita que fez diversas idas a pontos turísticos de Curitiba. Ao todo, foram pelo menos 20 corridas ligadas a espectadores do UFC no fim de semana.

90%

Foi a média de ocupação nos hotéis de Curitiba durante o UFC. Os restaurantes registraram um incremento de 30% no movimento, também motivado pelo evento na Arena da Baixada.

Para o coordenador do Observatório de Turismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Manoel Gândara, o impacto do campeonato para a economia da cidade se confirmou como maior do que um dia de Copa do Mundo. Até sexta-feira, o acadêmico vai divulgar o resultado de uma pesquisa sobre o assunto em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

“Foi muito positivo. Hotéis, restaurantes, bares e compras tiveram bons resultados”, adianta Gândara.

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