Curitiba está na mira do Ultimate Fighting Championship (UFC) para tornar-se a casa oficial da entidade no Brasil. A organização norte-americana de eventos de artes marciais mistas (MMA) estuda construir uma sede fixa para hospedar lutas na capital paranaense. O projeto, entretanto, está atrelado a uma mudança na legislação brasileira para jogos de azar.
Isto porque, para tornar a operação viável financeiramente, o UFC planeja levantar, no mesmo complexo, um hotel e um cassino — o funcionamento de casas de bingo e caça-níqueis está proibido no Brasil desde 2004. Já os cassinos foram extintos em 1946. Os três donos da franquia, Dana White e os irmãos Lorenzo e Frank Fertitta são empresários no ramo nos Estados Unidos.
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Em março deste ano, uma comissão especial do Senado aprovou o projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no país e regulamenta a exploração de jogos de azar. O texto está agora sendo analisado pela Câmara dos Deputados. A proposta permite o funcionamento de cassinos, mas desde que fazendo parte de grandes estruturas hoteleiras. Os cassinos seriam fiscalizados pela União e regulamentados pelo Poder Executivo Federal.
Procurado, o presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker, preferiu não comentar o tema. Mesma postura adotada pela Prefeitura de Curitiba. Entretanto, a reportagem apurou que a organização de lutas já teve conversas sobre o assunto com a administração municipal.
Curitiba não é a única cidade brasileira prospectada. Também foi sondado um dos ginásios do Parque Olímpico do Rio, construído para a Olimpíada deste ano, com capacidade para 10 mil pessoas.
O interesse da organização por Curitiba, entretanto, vem à tona menos de dois meses após o sucesso do UFC 198 , na Arena da Baixada, em 14 de maio, evento que entrou para a história como a terceira maior edição da franquia e a maior feita no Brasil, deixando um legado reconhecido pela própria entidade.
Ao todo, compareceram à Baixada 45.207 pessoas – público que perde apenas para a edição 129, em Toronto, no Canadá, com 55.724 presentes, e a 193, em Melbourne, na Austrália, com 56.214. Levantamento feito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) apontou que o evento injetou R$ 45,2 milhões na economia da cidade.
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