O único cinturão do Brasil no UFC está a salvo. A vitória do peso-pena (até 66 kg) amazonense José Aldo sobre o sul-coreano Chan Sung Jung na madrugada deste domingo (4), no Rio de Janeiro, impediu que o país-berço das artes marciais mistas (MMA) ficasse sem um campeão oficial no campeonato pela primeira vez desde 2006.
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Foi neste ano que Anderson Silva começou a construir seu reinado entre os pesos-médios, ciclo que acabou no mês passado pelas mãos do americano Chris Weidman. Enquanto o Spider defendeu com sucesso seu título por dez vezes, Aldo alcançou chegou no meio do caminho diante do Zumbi Coreano, na HSBC Arena.
Após três rounds dominados pelo brasileiro, o duelo acabou prematuramente no quarto assalto. Ao tentar um ataque, o desafiante deslocou o ombro. Aldo aproveitou a vantagem e não teve problema para garantir o nocaute técnico.
"Vi que o ombro dele saiu do lugar", admitiu o campeão, que também se lesionou. "Não lutei o que poderia porque logo no primeiro chute machuquei o pé. Mas deu para fazer a festa para a galera e mantive o cinturão, que todo mundo estava com medo [que fosse perdido]. Sempre vou defendê-lo com muito amor, com muita raça", emendou o atleta da Nova União, mesma academia do peso-galo (até 61 kg) Renan Barão, que reina interinamente na categoria até o tira-teima contra o campeão legítimo, Dominick Cruz, que estava lesionado.
O futuro de Aldo, no entanto, pode ser agora em outra divisão. Ele já revelou que tem o desejo de subir para os leves (até 70 kg) e enfrentar o vencedor entre Benson Henderson e Anthony Pettis. A escolha fica ainda mais plausível pelo fato de que o brasileiro limpou a divisão. Dos cinco primeiros do ranking, apenas um não lutou - e perdeu - para o manauara.
"Vamos sentar para ver quais os próximos planos. Existe sim essa possibilidade, mas vou deixar para o Dedé [André Pedrerneiras, treinador] decidir", concluiu o amazonense, que contou uma inédita torcida organizada nas arquibancadas do ginásio da Barra.
Machida reclama de critérios após derrota por decisão
Na segunda luta em importância da noite, o brasileiro Lyoto Machida foi derrotado por decisão unânime pelo americano Phil Davis. O karateca não concordou com o resultado após três rounds de equilíbrio. Os três jurados marcaram 29 a 28 para o estrangeiro, que venceu pela segunda vez no Brasil.
"Sinceramente não sei quais as regras do UFC, o que estão julgando. Se perguntarem, o grito da galera fala por si só", disparou o paraense de 35 anos, ex-campeão da categoria.
O site de estatísticas Fightmetric aponta para um equilíbrio no combate, com leve vantagem para o brasileiro. Machida levou vantagem nos golpes significativos (27 a 21) e também no aproveitamento (44% a 23%), enquanto Davis, que derrubou o rival duas vezes, leva vantagem no quesito quedas, que é levado muito em consideração para os jurados.
Resultados UFC 163
Card principalJosé Aldo derrotou Chan Sung Jung por nocaute técnico no 4º roundPhil Davis derrotou Lyoto Machida por decisão unânimeCezar Mutante derrotou Thiago Marreta por finalização no 1º roundThales Leites derrotou Tom Watson por decisão unânimeJohn Lineker derrotou José Maria Sem Chance por nocaute técnico no 2º round
Card preliminarAnthony Perosh derrotou Vinny Magalhães por nocaute técnico no 1º roundAmanda Nunes derrotou Sheila Gaff por nocaute técnico no 1º roundSerginho Moraes derrotou Neil Magny por finalização no 1º roundIan McCall derrotou Iliarde Santos por decisão unânimeRani Yahya derrotou Josh Clopton por decisão unânimeFrancimar Bodão derrotou Ednaldo Lula por decisão unânimeViscarde Andrade derrotou Bristol Marunde por nocaute técnico no 1º round
UFC 163
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