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 | Divulgação/ Coritiba
| Foto: Divulgação/ Coritiba

Virou a casaca?

Diante de autoridades como o prefeito Beto Richa – que, mesmo sendo atleticano, vestiu a camisa alviverde –, o Coritiba lançou na segunda-feira a celebração do seu centenário. A apresentadora de tevê Renata Fan foi a mestre de cerimônia. Na festa, foi revelada a descoberta do primeiro escudo coxa, usado em 1912. O artigo foi encontrado em 2006 por integrantes do grupo Helênicos (pesquisadores da história coxa) na sala de troféus do Couto Pereira. Um site que destaca o centenário já está no ar (www.coxa100anos.com.br). A agenda de eventos prevê ainda shows musicais no Alto da Glória, um amistoso internacional e a realização de um torneio com equipes que completam 100 anos em 2009 – Internacional,

América (MEX) e Hertha (ALE) foram sondados.

A crise técnica vivida pelos dois principais jogadores do Coritiba em 2008 – o meia Carlinhos Paraíba e o atacante Keirrison – começa a deixar claro que a dupla e o técnico Dorival Júnior não possuem mais a mesma harmonia. Na reapresentação do elenco, ontem, dois dias após o sonolento 0 a 0 com o Náutico, todos os personagens mostraram suas insatisfações com o momento.

O treinador alviverde não economizou palavras quando questionado sobre as últimas atuações da equipe e o mau futebol dos maiores destaques do Coxa no ano. Para Júnior, o motivo maior da queda de produção do K9 (não marca gols há seis jogos) é a negociação de 80% dos direitos econômicos do centroavante com a Traffic (parcela vendida pelos empresários do atleta) durante a competição.

"Até os mais experientes se abalariam. O jogador ficou desnorteado em virtude de uma negociação. É um problema sério e tomara que não se repita. Agora, será que só o Keirrison é o culpado? Como será que tudo foi conduzido?", contestou.

Keirrison discorda. "Acham que a responsabilidade de marcar gol é só minha. Por que a cobrança só em cima do Keirrison? Temos mais dez em campo e sete no banco. Todos têm de assumir sua responsabilidade, especialmente o treinador", disparou.

Apesar do mau momento do artilheiro, o técnico garante que o K9 não vai perder a posição. "A gente sempre espera que melhore na próxima rodada. Enquanto eu for o técnico, o Keirrison é titular. Só nos momentos em que ele estava bem é que conseguimos fazer gols", ponderou.

O K9 também deixou claro que não está nem um pouco a fim de ouvir as cobranças pela crise técnica. Na segunda-feira, o coordenador de futebol Paulo Jamelli afirmou que iria "pôr o dedo na ferida" para diagnosticar a queda de rendimento do time.

"Já estou cansado de ouvir gente de dentro do clube falando de mim. Antes de ficar ouvindo diretor, vou procurar só seguir trabalhando", avisou.

Já Paraíba, substituído após ter entrado no intervalo com 25 minutos do segundo tempo frente ao Timbu, passou pelos repórteres pedindo para não dar entrevista. "Não vou falar, não. Beleza?", disse o armador, ao mesmo tempo em que batia o dedo indicador da mão direita na cabeça.

"Se tiver que tirar um jogador com 10 minutos de jogo, vou fazê-lo", avisou Dorival. "Mantive o Paraíba em momentos mais difíceis. Faz tempo que vinha alertando ele sobre a queda de rendimento. Se durante os treinos ele me provar que pode jogar, terá chances reais de enfrentar o Grêmio (domingo, em Porto Alegre)", alertou.

Nem mesmo o fato de o Tricolor gaúcho estar disputando o título ilude o técnico de que a equipe do Alto da Glória será mais vibrante. Algo que flagrantemente faltou ante Ipatinga e Náutico.

"Usei essa mesma conversa contra o Flamengo e foi o pior resultado numericamente (derrota por 5 a 0). Estamos usando muita coisa, mudando, conversando para que o time tenha atuações como fazíamos antes. Agora, tem hora que você nem sabe mais o que falar", resignou-se.

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