Má pontaria faz o Tricolor ficar no quase em BH

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Se a pontaria estivesse afiada, o Paraná teria vencido o Atlético-MG, ontem, em Belo Horizonte, e ficado a um ponto do primeiro time fora da zona de rebaixamento. Mas o Tricolor, superior durante toda a partida, foi perdendo uma chance atrás da outra e teve de se conformar com o empate por 0 a 0.

Ainda bem que os resultados dos concorrentes diretos ajudaram. O Goiás – adversário de sábado, na Vila Capanema – foi derrotado em casa pelo Vasco, enquanto o Corinthians perdeu de virada para o Flamengo, no Maracanã. Assim, a diferença para os dois caiu para três pontos.

Se não venceu, pelo menos o Paraná voltou a pontuar fora de casa, quebrando a incrível seqüência de dez derrotas. Foram 104 dias entre a vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, em Uberlândia, e o empate de ontem.

Mas se quiser escapar da degola, vai ter de conseguir mais nas duas próximas viagens, ambas ao Rio de Janeiro, para enfrentar Botafogo (na antepenúltima rodada) e Vasco (na última). Entre os dois jogos, recebe o Santos. Para se garantir na primeira divisão sem depender de outros resultados, precisará de 100% de aproveitamento nas quatro últimas partidas – três vitórias e um empate podem ser o suficiente dependendo do rendimento dos adversários.

A probabilidade de permanência na elite poderia ter aumentado caso os atacantes paranistas tivessem colocado na rede pelo menos uma das 13 finalizações tentadas ontem, contra apenas 7 do Galo. No primeiro tempo, a estatística deixou ainda mais evidente a superioridade: 7 chutes a gol contra 1.

Logo aos três minutos, o zagueiro mineiro Vinícius tirou de cima da linha uma cabeçada de Neguete. Depois disso, as oportunidades mais claras caíram nos pés de Vandinho, mas ele parou duas vezes no ótimo goleiro Juninho e, quando apareceu livre na cara do gol, bateu por cima.

Talvez com Josiel a história fosse outra, mas o artilheiro do campeonato ficou mais na preparação das jogadas, sem aparecer nenhuma vez na área em condições de decidir.

Apesar da forte marcação ter sido o diferencial até então, o técnico Saulo de Freitas abriu o time com a entrada do meia Giuliano no lugar do lateral-direito Alex – que passou mal no intervalo –, deslocando Goiano para a ala. Depois ainda trocou Adriano por Batista, volante de características mais ofensivas.

Porém o Tricolor passou a errar no momento do último passe e não foi tão perigoso como na primeira etapa. Ameaçou mais nos chutes de fora da área. Já o Galo aproveitou o espaço para chegar com maior freqüência. No entanto, nada que ameaçasse tanto o goleiro Gabriel e o primeiro pontinho paranista fora de casa depois de 15 longas semanas.

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Em Belo HorizonteAtlético-MG x Paraná

Atlético-MGJuninho; Coelho, Marcos, Vinícius e Thiago Feltri; Xaves, Bilu (Marquinhos), Gérson e Marcinho (Tchô); Marinho e Vanderlei (Lúcio). Técnico: Emerson Leão.

ParanáGabriel; Alex (Giuliano), Nem, Neguete e Paulo Rodrigues; Goiano, Jumar, Adriano (Batista) e Robson (Éverton); Vandinho e Josiel. Técnico: Saulo de Freitas.

Estádio: Mineirão. Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (Fifa-SP). Amarelos: Marcos (A); Goiano, Paulo Rodrigues e Giuliano (P). Vermelho: Gérson (A), aos 47/2.º; Goiano (P), aos 45/2.º. Renda: R$: 186.515,00. Público total: 34.779.