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São Paulo – Os jogadores do Atlético tiveram uma noite mal dormida na véspera da partida decisiva de ontem, contra o São Paulo. Entre 2 e 4 horas, o Hotel Paulista Wall Street (a cinco minutos do carro do centro da capital paulista) foi cercado por carros de torcedores do Tricolor. Entre buzinas e foguetórios, a direção rubro-negra teve de chamar a polícia."Mesmo assim não adiantou. Só foram parar depois das 4 horas, quando reforçaram o policiamento", conta o superintendente do clube, Alberto Maculan.

Foi a segunda vez na Libertadores que o Atlético sofreu com o assédio do torcedor adversário enquanto dormia. Na partida decisiva contra o Peixe, em Santos, o torcedor alvinegro utilizou a mesma estratégia para incomodar o Rubro-Negro. Mas no litoral paulista, o barulho foi bem menor em volume e tempo – pela proximidade do hotel em que o Santos estava hospedado – e foram poucos os jogadores que acordaram.Ontem, a artimanha funcionou melhor. Na hora do café, muitos atletas continuaram dormindo e outros pediram a refeição no quarto. Eles só foram vistos na hora o almoço, quando se dirigiam para o restaurante.

"Dessa vez era bastante gente. Mas isso não influi em nada, nos dará mais motivação. E sono o jogador recupera de dia mesmo", afirmava o coordenador técnico Borba Filho, pouco depois do café da manhã.

O ocorrido fez a diretoria atleticana proibir a entrada no prédio de qualquer pessoa que não estivesse registrada no hotel. Os jogadores também estiveram impedidos de sair ou dar entrevistas. Na porta do Paulista Wall Street, quem tentasse burlar a ordem era barrado por dois grandes seguranças.

Depois do almoço, os jogadores voltaram aos quartos, de onde só saíram às 18 horas, para a palestra com Antônio Lopes. O cardápio especial, preparado pela nutricionista do clube, Lili Purim Nehues, tinha arroz, feijão, medalhão de mignon com molho de champignon, frango grelhado com cenoura, espaguete à primavera e saladas. O rubro-Negro se dirigiu ao estádio do Morumbi às 19h45. (MR, RF e SG).

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