A tradição do Boca Juniors pesou mais uma vez. Diante de um Estádio Olímpico lotado, o time argentino não se intimidou e conquistou o hexacampeonato da Libertadores ao vencer o Grêmio por 2 a 0, os dois marcados por Riquelme. No final da partida, Palermo, como é de costume, disperdiçou um pênalti.
Após levantar o troféu em 1977, 1978, 2000, 2001 e 2003, o Boca faturou a competição sul-americana pela quarta vez numa decisão contra um time brasileiro. Agora, os comandados do técnico Miguel Russo vão se preparar para buscar o tetra do Mundial Interclubes no final do ano. O maior rival será o Milan, atual campeão europeu.
Essa foi a 9ª final de Libertadores que o Boca disputou. E foi uma das mais fáceis. Depois de fazer 3 a 0 no primeiro jogo, em Buenos Aires, o time argentino jogou com muita tranqüilidade em Porto Alegre e levou a taça com a vitória de 2 a 0. O Grêmio, que precisava vencer por quatro gols de diferença, acertou duas bolas na trave, mas não fez nenhum.
O jogo
Como era esperado, o Grêmio tomou a iniciativa do jogo. Empurrado pela torcida, a equipe de Mano Menezes chegada com facilidade até a intermediária, mas na maioria das vezes pecava no passe final. A melhor opção era com Carlos Eduardo e Lúcio pela esquerda, mas o lateral abusava dos cruzamentos errados. No meio, Tcheco, Diego Souza e Lucas se esforçavam na armação, mas o combate do Boca Juniors era muito forte.
Aos 19 minutos, o Grêmio chegou com perigo em tentativa de bicicleta de Tuta que Carlos Eduardo pegou a sobra e bateu para o gol, mas o goleiro Caranta estava bem colocado. Aos 35 minutos, o Grêmio perdeu o zagueiro Teco, machucado no joelho direito. Ele deu lugar a Schiavi. Aos 41, o time de Mano Menezes teve a melhor chance do primeiro tempo. Após contra-ataque rápido, Diego Souza dominou no bico direito da grande área e arriscou com força, a bola pegou efeito e acertou o travessão arrancando o 'uh' da torcida gaúcha.
Na saída para o intervalo, o meio-campo Lucas reclamou da atuação do time.
- Estamos tocando pouco a bola e jogando com muita pressa. Assim não dá - esbravejou.
Segundo tempo
Para o segundo tempo, o tricolor gaúcho voltou com Amoroso na vaga de Tcheco, que sentiu lesão muscular. E a abertura do placar esteve muito próxima aos 4 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Schiavi cabeceou com força na trave e, no rebote, o goleiro Caranta segurou.
Riquelme
O Boca Juniors, com muita inteligência, segurou o jogo e o Grêmio não teve forças para reagir. Para aumentar a decepção, Riquelme, um dos melhores jogadores da América do Sul, dominou a bola no bico da área aos 23 minutos e, com uma bomba, mandou no ângulo oposto, para festa argentina no Olímpico. Boca 1 a 0.
E o tango não parou por aí. Aos 36, Palácio bateu, o goleiro Saja deu rebote e Riquelme, mais uma vez, só teve o trabalho para completar para o gol. 2 a 0. Palermo, o rei dos pênaltis perdidos, ainda se deu ao luxo de desperdiçar mais um na carreira. Mas a noite era mesmo argentina. Final: 2 a 0.
GRÊMIO 0 X 2 BOCA JUNIORS
Local: Estádio Olímpico
Árbitro: Oscar Ruiz (COL)
Cartão amarelo: Diego Souza (Grêmio), Ledesma (Boca), Lucas (Grêmio)
Gols: Riquelme (23' do 2º tempo), Riquelme (36' do 2º tempo)
Grêmio: Saja, Patrício, William, Teco (Schiavi) e Lúcio; Gavilán, Lucas, Diego Souza e Tcheco (Amoroso); Carlos Eduardo e Tuta (Everton). Técnico: Mano Menezes.
Boca Juniors: Caranta, Ibarra, Morel Rodríguez, Díaz e Clemente Rodríguez; Banega (Orteman), Ledesma, Cardozo (Battaglia) e Riquelme; Palacio (Boselli) e Palermo. Técnico: Miguel Russo.
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