Mudanças
O Atlético entrou em campo para enfrentar o América-MG com oito jogadores pendurados: Manoel, Cleberson, Deivid, Derley, Maranhão, Pedro Botelho, Elias e Fernandão. Na partida contra o Coelho, porém, o único a ser advertido com cartão amarelo foi o meia João Paulo recebeu mais tarde o vermelho e está suspenso para o próximo compromisso do time, contra o ABC, em Natal, na próxima sexta-feira. Para o jogo, o técnico Ricardo Drubscky deve contar com o retorno do lateral-direito Maranhão, recuperado de contusão muscular na coxa direita.
Atlético 5 x 4 América-MG
Suor, lágrimas e o talento de Paulo Baier marcaram a histórica virada do Atlético sobre o América-MG, por 5 a 4, ontem, no Ecoestádio. A partida que começou em um horário inusitado (14 h) foi desenhada com contornos épicos. Fora de campo, o calor de mais 30ºC castigava jogadores e público. Dentro, a sequência impressionante de gols denunciava duas defesas frágeis, abertas, e amplamente surpreendidas pela rapidez dos atacantes.
No fim do jogo, paralisado duas vezes por causa do calor, os rubro-negros não esconderam a emoção pelo triunfo apertado, sacramentado após muito sofrimento o Furacão ficou três vezes atrás no placar e ficou com dez homens em campo após a expulsão do meia João Paulo aos 36 do segundo tempo.
O herói da tarde foi um velho conhecido dos atleticanos: Paulo Baier. O veterano armador, que deixou o banco de reservas, usou de oportunismo para aproveitar um bate-rebate na área e balançar a rede pela quinta e última vez.
A emoção tomou conta do Janguito Malucelli. Abraçados, os atletas saudaram os mais de 5 mil torcedores que empurraram o time. Alguns, mais emocionados como o zagueiro Manoel, chegaram a chorar. "Uma vez, contra o Barueri, eu tive uma chance no finzinho do jogo. Aqui, eu tive a chance de novo e pensei: vai ser na raça, eu vou botar a bola para dentro", contou Paulo Baier, na saída do gramado, enquanto era saudado pelos fãs.
A vitória rendeu ao Atlético um passo importante na tabela de classificação. O time passou da sexta para a quinta colocação, na porta do G4 com 49 pontos, três a menos que o São Caetano. "Tem jogo que é assim, é na superação. Esse foi um dos jogos mais emocionantes da minha vida", afirmou o meia Elias, que balançou a rede pela primeira vez com a camisa rubro-negra Marcelo (2) e Marcão completaram o placar. Pelo América-MG os artilheiros foram Fábio Júnior e Alessandro, com dois gols cada. "Em momento algum a gente desistiu. Sabíamos que ia ser um jogo difícil, mas não assim", acrescentou Elias, um dos melhores em campo.
O goleiro Weverton, que chegou a ser cobrado pela torcida com gritos de frangueiro por causa dos três gols do América ainda no primeiro tempo, disse que usou os apupos como estímulo para a virada.
"Eu acho que essa manifestação do torcedor foi mais de desabafo. Ele [Weverton] falou no vestiário que não ia se abalar e salvou o time duas vezes no segundo tempo", ressaltou o técnico Ricardo Drubscky, que também foi alvo da reclamação das arquibancadas ao sacar o autor de dois dos gols atleticanos, Marcelo, para a entrada do volante Derley.
Cenas de uma tarde mágica no Ecoestádio.
O jogo
O jogo colocou frente a frente duas equipes dispostas a atacar a qualquer custo. Depois de terminar o primeiro tempo perdendo, o Furacão se aproveitou de um gol relâmpago no segundo e de outro no apagar das luzes para sair vencedor por 5 a 4.