Magnano perdoa astros da NBA para Londres

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O técnico argentino Rubén Magnano acabou com o mistério e convocou os jogadores brasileiros da NBA para a disputa da Olimpíada. Ontem, em São Paulo, ele anunciou uma lista com 13 nomes para a seleção brasileira masculina de basquete, dos quais 12 vão para os Jogos de Londres, entre julho e agosto.

Desde a conquista da vaga, no Pré-Olímpico de Mar del Plata, no ano passado, havia a dúvida sobre a presença de Leandrinho e Nenê, que alegaram problemas pessoais para não disputar o torneio classificatório – Anderson Varejão ficou de fora por lesão. O presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Carlos Nunes, chegou a dizer que não levaria o pivô do Washington Wizards e o ala/armador do Indiana Pacers se fosse o treinador.

Magnano preferiu, no entanto, contar com a qualidade e a experiência internacional dos brasileiros da NBA – Tiago Splitter também foi chamado. Assim como a de Larry Taylor. O armador norte-americano de 31 anos teve seu processo de naturalização encerrado recentemente e foi confirmado no grupo.

O treinador, que ontem renovou contrato até 2016, revelou que as conversas que teve com os jogadores foram fundamentais na reaproximação com os atletas da NBA. "Se eu não confiasse em um jogador, não convocaria. Vocês devem confiar que, se tomei essa decisão, foi porque avaliei bem, em um momento que se tornou delicado", falou Magnano, sem entrar em detalhes sobre o que foi debatido com os jogadores.

Ao avaliar as chances de medalha do Brasil na Olimpíada, Magnano desconversou e apenas apontou o favoritismo de EUA e Espanha. "Acontece coisas dentro dos jogos, inesperadas, mas acho que EUA e Espanha são candidatos muito fortes ao ouro. Embaixo estão todos em uma situação muito parelha, inclusive nós. Isso vai variar até o inicio do torneio. Sofremos essa adversidade do Rafael. Outros também esta sofrendo", afirmou, se referindo ao provável corte de Rafael Hettsheimer, que terá de passar por uma cirurgia no joelho.

Lula Ferreira, técnico da seleção entre 2003 e 2007, apoiou o perdão a Leandrinho e Nenê. "Você não vai para uma Olimpíada com cinco homens. O técnico precisa contar com um exército", disse. "Seleção brasileira é isto aí, todos os melhores foram chamados", acrescentou o ex-cestinha Oscar Schmidt.