O basquete masculino brasileiro enfrenta a Rússia hoje, às 12h45 (de Brasília), preocupado com o rendimento na linha de três pontos. Enquanto o sistema defensivo vai bem, a equipe apresenta somente 14% de aproveitamento neste fundamento o segundo pior dos Jogos, à frente apenas da Nigéria, com 10%.
Ao todo, foram 37 tentativas de longa distância e irrisórios cinco acertos nas duas difíceis vitórias conquistadas até agora. Muito pouco para um time que almeja alcançar o pódio da modalidade em Londres, depois de 16 anos de ausência no evento, e que terá nesta quinta um adversário de peso na Arena Basketball.
Contra a Austrália, 15 bolas foram chutadas, Marcelinho Machado converteu uma (de oito tentativas) e Alex outra (em duas). Frente à Grã-Bretanha, 22 arremessos com um acerto de Leandrinho (em seis) e dois de Marquinhos (também em seis).
O técnico argentino Rubén Magnano já havia alertado sobre a dificuldade na linha dos três pontos na estreia. Depois do confronto com os donos da casa, na terça-feira, ele mostrou-se novamente insatisfeito. "Estou mais preocupado ainda. Não é um aproveitamento normal, pois são jogadores que atuam em times que têm um rendimento em um nível normal. Não estamos falando de qualquer jogador", disse.
Para o armador Marcelinho Huertas, não há o que temer. Quando precisar, diz ele, a bola vai cair na cesta. "É claro que não é normal o que está acontecendo. Mas nós temos bons jogadores nesse fundamento. Na hora certa vamos melhorar, acredito nisso", comentou o jogador, que já tentou seis vezes e não obteve sucesso.
Mas se o ataque está sob suspeita, a defesa tem demonstrado bom comportamento. É a terceira melhor do torneio olímpico. Em dois compromissos, sofreu 133 pontos a Nigéria levou apenas 128 e a Rússia 129.
"Todos sabem que a nossa prioridade é a marcação, o jogo defensivo. E estamos bem nesse quesito. Isso me deixa mais tranquilo. Mas precisamos melhorar no ataque também, para termos um rendimento mais equilibrado e seguir bem na competição", analisou Magnano.
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