O posicionamento de Rubén Magnano, de dividir com os jogadores que pediram dispensa o fracasso na Copa América da Venezuela, não encontrou eco entre ex-jogadores, treinadores e comentaristas. "O que eu tenho a dizer é: Fora, Magnano! O Ary Vidal já foi demitido tendo conseguido o quinto lugar na Olimpíada. Por que o Magnano não pode ser? Continuo criticando os jogadores que pediram dispensa, mas tem de dar confiança para os que estão lá", declarou Oscar Schmidt, maior cestinha da história dos Jogos Olímpicos.
A única chance de o Brasil participar da Copa do Mundo da Espanha em 2014 é receber um dos quatro convites da Federação Internacional de Basquete (Fiba). Na opinião de Wlamir Marques, bicampeão mundial (1959 e 1963) e hoje comentarista de basquete, Magnano criou uma situação insustentável para si mesmo. "Se a Fiba convidar o Brasil para a Copa, não poderá enviar este mesmo time que foi para Caracas. E agora, com essas declarações, como vai convocar esses jogadores que criticou?"
Magnano deixou a diplomacia de lado ao tentar dividir a responsabilidade com os ausentes na coletiva de imprensa depois da partida. Sem querer entrar no mérito das dispensas, Marcelo Agra, ex-jogador da seleção e comentarista da ESPN Brasil, fez coro aos críticos. "A equipe foi mal convocada, mal treinada e mal preparada. Os times dele sempre defenderam bem, mas este não defendeu. Ofensivamente, o time não teve disciplina tática. Acho até que, com um pouco de disciplina no ataque, o Brasil teria conseguido conquistar uma medalha olímpica."
Por meio da assessoria de imprensa, Anderson Varejão, um dos jogadores que pediram dispensa, emitiu uma declaração. "Minha vontade era estar lá com a seleção. O Brasil vinha crescendo e esse resultado não pode interromper nossa evolução", avisou.