Há quatro anos, a nona colocação em Turim-2006 fez Isabel Clark se sentir "grande como o Brasil". A marca, que fez a carioca entrar para a história com o melhor resultado de uma brasileira nos Jogos de Inverno, trouxe confiança e experiência para a snowboarder. Apesar disso, a pressão psicológica de ser a única representante da América Latina na prova de cross country em Vancouver passa longe de sua cabeça e o único objetivo é encarar a pista de Cypress Mountain nesta terça-feira, às 16h (de Brasília), para continuar evoluindo no esporte.
"Sinto-me mais experiente, os Jogos Olímpicos não são mais novidade pra mim. Estou tranquila e concentrada. O que tenho que fazer é apenas pensar na pista e no que devo fazer durante a prova. O resultado é consequência", afirma Isabel.
Porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Turim e Vancouver, Isabel se classificou para a competição canadense sendo a 13ª colocada no ranking da Copa do Mundo e líder de todas as disciplinas no ranking latino americano de snowboard. Confiante, a brasileira só lamenta não ter tido mais tempo para treinar em Cypress Mountain devido às más condições climáticas.
"Essa pista é tudo ou nada, com grau de dificuldade bem alto. Se você cometer um erro dificilmente vai conseguir prosseguir porque vai perder a velocidade. Mas eu tenho nível e confio em mim. O primeiro dia de treino não foi bom pra ninguém, mas no segundo já andei bem melhor. Agora é trabalhar a cabeça, mentalizar a pista, ver os vídeos dos treinos e me concentrar", disse Isabel.
A preocupação com a pista se justifica por erros do passado. No último 27 de janeiro, a snowboarder carioca caiu e bateu com a cabeça quando treinava para o X-Games, em Aspen, nos Estados Unidos. Isabel desmaiou e chegou a ficar desorientada por pouco tempo. Já recuperada, a atleta analisa o episódio.
"Foi um erro de cálculo. Fiz um salto que não estava planejado. Não conseguia pensar direito quanto tempo faltava para os Jogos Olímpicos e perguntava isso o tempo todo. Mas em quatro dias já estava de volta aos treinamentos, gradualmente. Hoje estou totalmente recuperada. Foi só um susto", afirma a brasileira.
Entenda a prova de cross country dos Jogos Olímpicos:
A prova de cross é uma das mais desafiadoras e emocionantes do Programa Olímpico de inverno, já que as atletas competem inicialmente contra o relógio e depois dividem a mesma pista com as adversárias. Na fase qualificatória, cada uma das 25 atletas desce duas vezes a pista individualmente. O melhor tempo das duas descidas decide a classificação para as finais, passando as 16 atletas mais velozes. Depois são realizadas baterias eliminatórias onde quatro atletas competem ao mesmo tempo. Nesta fase é muito comum haver quedas, já que os atletas dividem as estreitas curvas da pista desenhada especialmente para exigir o máximo dos competidores. As duas primeiras colocadas nas quartas de final passam às semifinais. A grande final é realizada pelas duas primeiras colocadas em cada semifinal.
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