Mais um filho bom de bola de Pato Branco

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Há algo em Pato Branco difícil de explicar. A cidade com pouco mais de 60 mil habitantes, no Sudoeste do Paraná, tem facilidade para revelar bons jogadores. De lá saíram, por exemplo, Rogério Ceni e Alexandre Pato. A mais nova promessa é Chico, volante do Atlético que ontem comemorou 22 anos. O prata da casa se firmou no ano passado, em meio à tumultuada campanha no Brasileiro. Agarrou a oportunidade e não saiu mais. Virou zagueiro, formando a linha defensiva com Antônio Carlos e Rhodolfo. Hoje, ninguém ousa contestar a titularidade do camisa 3. Fã de música sertaneja e de um bom "possante", Chico não vê a hora de ser campeão pelo Atlético.

Apelido

Sempre fui Chico. Para a minha mãe, todo Francisco é Chico.

Clube da infância

Era vascaíno, por influência dos meus irmãos mais velhos. Assistia também aos jogos do Pato Branco.

Ponto positivos

A marcação forte, a saída de bola e o bom passe.

Pontos fracos

A resistência e o cabeceio. Como venho jogando de zagueiro, fico depois dos treinos exercitando o cabeceio.

Ídolos

Cresci acompanhando a fase boa do Vasco e gostava muito do Juninho Pernambucano.

Eu jogo como...

Lembro um pouco o Martinez (ex-Palmeiras, hoje no Japão), por se canhoto. Ele também era volante e começou a jogar como zagueiro.

Melhor momento da carreira

Foram três. Em 2006, pelo time júnior, fui campeão paranaense, da Copa Saprissa e da Taça BH. Cheguei à seleção sub-20. Outro momento bom foi o primeiro jogo como titular do Atlético, contra o Atlético-MG, no ano passado. E teve ainda a partida contra o Náutico (também em 2008), em que torcida gritou o meu nome. Muito legal.

Pior momento

Contra o Flamengo (na Arena). Não consigo esquecer o pênalti que o juiz marcou.

Carreira

Primeiro quero ser campeão pelo Atlético. Depois, pretendo jogar na Europa, pegar uma Copa. Quem sabe não jogo a do Brasil (em 2014)?

Melhor jogador que enfrentou

O D’Alessandro. O cara é habilidoso, inteligente e catimbeiro. Muito difícil marcá-lo.

Melhor jogador com quem jogou

Na época, quando eu cheguei ao Atlético (em 2004), o Dagoberto me deu muita força. A gente se dava bem. O Alan (Bahia) também.

Melhor elogio

Foi do Claiton. Ele disse que nunca tinha visto um gol tão bonito como o que eu fiz contra o Londrina, pela Copa dos 100 anos (3/11/2006). Dizia que se o gol fosse dele, gravava um CD para mostrar para todo mundo. Aquilo me pegou de surpresa. (Na ocasião, Chico roubou uma bola ainda na defesa do Atlético, atravessou todo o campo, driblou o goleiro e tocou para a rede).

Se eu não fosse jogador...

No começo, como a vida de jogador é sofrida, comecei a fazer faculdade de Direito. Estudei um ano. É uma área que acho bem interessante.

Maior influência

Meu pai (Nedi Machado), sem dúvida. Estive no Atlético em 2002, só que fui mandado embora. Queria parar de jogar, mas ele pediu para tentar a última vez. Passei na peneira do PSTC, me destaquei em um jogo contra o Atlético e dois anos depois estava de volta ao clube.

Música

Pelo fato de os meus pais serem do Rio Grande do Sul, gosto muito de música sertaneja e gaúcha. Neste momento, tenho ouvido Victor & Léo e Maria Cecília & Rodolfo.

Carro

Me interesso bastante por carro. Tenho um Vectra, mas meu sonho é comprar um Gol daqueles quadrado, colocar umas rodas fera, um DVD... Tenho vontade também de ter uma caminhonete.

Em 5 anos eu pretendo estar...

Na Europa, em um grande time, jogando a Champions League. Me vejo também casado, com filhos, dando um suporte aos meus pais...