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O presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, esquentou o segundo dia do Congresso Nacional de Justiça Desportiva, evento que ocorre até hoje na capital paranaense. Durante uma palestra, o dirigente afirmou ter sido procurado por pessoas que se ofereceram para subornar jogadores de outros clubes. Não ficou claro, porém, se a proposta, que facilitaria a vida do time na luta contra o rebaixamento seria para atletas amolecerem nos jogos com o Coxa ou um doping financeiro para adversários dos concorrentes diretos do Alviverde ao descenso. Presente no encontro, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, iniciou a apuração do caso imediatamente.

Depois das atividades da manhã, quando fez a revelação no auditório, Gionédis economizou palavras com a imprensa. "O Tribunal que avalie minhas declarações e me chame para depor", resumiu, sem parar para conceder entrevista.

Comportamento diferente do apresentado por Zveiter, que procurou explicar o episódio. "O presidente estava citando que, como o Coritiba está em uma situação difícil, ele foi procurado por astrólogo, macumbeiro. Entre outras pessoas, disse que foi procurado por alguém que poderia comprar jogadores", contou.

O presidente do STJD também explicou as medidas tomadas. "Já instaurei procedimento. Quero ouvi-lo para saber quem são as pessoas para poder bani-las do futebol brasileiro", complementou. "Esse tipo de atitude é inaceitável. É inescrupulosidade de gente que procurou vender a dignidade dos outros", criticou.

O relator do caso será o auditor Rubens Approbato Machado, que chegaria ontem à noite à cidade. "Fui indicado para tomar o depoimento do presidente do Coritiba, saber no que consiste e quem são os acusados", falou. "Só fico um dia em Curitiba. Espero que dê tempo, senão ele será intimado a depor", complementou.

Assim, a reunião com Gionédis deve ocorrer hoje à tarde. "Ele ainda não deu os nomes, mas já disse que vai fazê-lo. No tribunal ele tem de dar, até porque aquele que denuncia sem elementos pode ser passível de punição", afirmou Zveiter.

O desembargador ainda comentou outras duas denúncias. Sobre o mensalão do apito da Federação Paranaense de Futebol (FPF), afirmou que o recurso está na procuradoria e que aguarda parecer para se pronunciar. Já com relação ao escândalo nacional envolvendo os juízes Paulo José Danelon e Edílson Pereira de Carvalho, defendeu a decisão do STJD.

"Na Série A ficou provada a contaminação dos resultados por confissão dos envolvidos e escutas telefônicas. Já o cidadão [Danelon] que apitou a Série B só vendeu resultados do Campeonato Paulista. A Série B está isenta", explicou.

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