Para desespero da torcida alviverde, a camisa 9 do Coritiba parece amaldiçoada. Os últimos candidato a matador que vestiram o "uniforme do artilheiro" sairam do gramado direto para a enfermaria. William é a vítima mais recente. Ao subir para cabecear uma bola no jogo com o Guarani, sábado à tarde, o ex-santista caiu de mal jeito e torceu o pé esquerdo. Como resultado, uma fratura e seis semanas longe dos gramados.
O primeiro a viver o pesadelo da 9 foi o garoto Keirrison, de 17 anos. Revelação das categorias de base, o atacante sequer aproveitou a fama precoce. Quatro jogos como titular e três gols depois, uma grave contusão no joelho direito (rompimento do ligamento cruzado anterior) o levou à mesa cirúrgica. Futebol para ele, só em novembro.
Com o xodó fora, Jéfferson passou a ser o centro das atenções. Por pouco tempo, no entanto. Um pique, mão na coxa esquerda, lesão muscular e duas semanas de molho. A urucaba atingiu Jéfferson de outra maneira também. Expulso contra o Náutico pela Copa do Brasil, o jogador foi punido por três jogos pelo STJD e ficou de fora da estréia do Coxa na Série B (já cumpriu duas partidas).
Sem os planos A e B, o jeito foi recorrer ao reserva Vinícius, cujo currículo indicava muitos gols pelo modesto Rio Claro (SP). Mesmo com a diminuição da concorrência, ele nunca se firmou entre os titulares. Era considerado, contudo, boa alternativa para o segundo tempo. Foi justamente assim, entrando no intervalo para salvar o time, que a maldição o atingiu. A contusão foi a mesma de Keirrison, só que no joelho esquerdo.
Dos jogadores que atuaram com mais regularidade, apenas Ludemar fugiu (parcialmente) à regra. Ele se manteve inteiro, mas também passou por maus bocados. Perseguido pela torcida, o jogador não chegou a completar três meses de Alto da Glória. Foi mandado embora ainda no período de experiência. Sem deixar saudades.
"Quando eu vi o William saindo do campo, pensei nisso. Não sei dizer o que está acontecendo. É incrível como todos os atacantes estão se machucando. Não dá nem para explicar", comentou Keirrison.
A dúvida atormenta também os responsáveis por tirar os atletas do tormento. "Que coisa. Que jeito de se começar um ano", afirmou, perplexo, William Yousef, um dos médicos do Alviverde.
Em busca de reforços para a posição, a diretoria coritibana intensificará o contato com outros matadores dispostos a, além de balançar as redes, quebrar a sina da camisa 9. Obina (Flamengo) e Galvão (Santos) são os favoritos.
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