Súmula "light" deixa Atlético confiante
Divulgada na tarde de ontem, a súmula do árbitro Wagner Reway (MT) referente ao jogo entre Atlético e Fluminense, realizado no sábado, trouxe uma certa dose de alívio ao Atlético. Segundo o advogado Domingos Moro, que defende o clube no STJD, o documento não traz nenhum relato que possa significar perda de mando de campo.
A súmula diz que ao final do jogo houve uma aglomeração, com protestos e ameaças contra a arbitragem. O juiz escreveu que o trio demorou cerca de cinco minutos para sair do gramado e que os seguranças e o policiamento trataram de dispersar os torcedores. Reway acrescentou que teve dificuldade para sair de campo por causa dos repórteres que queriam entrevistá-lo e também descreveu que pessoas com uniforme do Atlético estiveram perto do acesso ao vestiário querendo protestar.
"Na minha visão não traz nada que possa dar problemas. Protestar e ameaçar não constrange, desde que não se extrapole, o que não aconteceu. Claro que a procuradoria poderá denunciar, mas não vi nas imagens nenhum comportamento inadequado", disse Moro. Nenhum relato de objeto sendo atirado em campo foi feito.
O ponto mais espinhoso da súmula é o que se refere ao atacante Pablo. O jovem jogador foi expulso após o apito final. O árbitro relatou que o atleta, de dedo em riste, disse: "Você nos roubou, isso é uma sacanagem". O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, disse que analisará a súmula antes de tomar qualquer atitude.
Leonardo Bonassoli
Copa 2014
Os conselheiros do Atlético se reúnem hoje, às 18h30, para acertar os últimos ponteiros para o início da conclusão da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Na pauta está o ainda obscuro detalhe sobre o orçamento final da obra, bem como a engenharia financeira que o clube terá de fazer para pagar o empreendimento.
O presidente da Comissão interna Copas 2013/2014, Mario Celso Petraglia, pretende começar a construção já na próxima segunda-feira, mesmo sem saber de que maneira. Uma saída seria utilizar recursos próprios do clube neste início, mas para isso é necessária a concordância da maioria dos conselheiros. Assim, a assembleia de hoje é fundamental no planejamento.
A esperança do Atlético de escapar do rebaixamento para a Segunda Divisão está debruçada na história. Em uma história não tão distante assim: o Brasileiro de 2008. Naquele ano o Rubro-Negro, mesmo aos trancos e barrancos, se salvou da degola na última partida, contra o Flamengo.
E A fórmula de sucesso, ancorada na participação ativa do atual presidente do clube, Marcos Malucelli, será repetida agora. Conforme apurou a reportagem da Gazeta do Povo, o mandatário atleticano, personagem central de três anos atrás, vai se envolver mais com o futebol já a partir desta semana ainda que não goze da mesma simpatia do passado com boa parte da torcida.
Motivado pela suspensão do diretor de futebol Alfredo Ibiapina (invadiu o gramado no jogo com o Palmeiras, no dia 7 de setembro, e pegou gancho de 140 dias), Malucelli deixará um pouco à margem as atribuições administrativas para cuidar mais de perto dos jogadores e da comissão técnica.
Praticamente um repeteco de 2008, quando saiu do quase anonimato em um cargo burocrático para ser o número 1 do futebol no clube. Na época, partiu de diretor jurídico para vice-presidente de futebol, curiosamente com o aval do então presidente João Augusto Fleury da Rocha e do presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, que assumiram equívocos na condução do futebol.
Despencando na tabela, o time chegou a estar na 18.ª colocação após ser goleado pelo Goiás por 4 a 0, na 24.ª rodada de 2008. Com Malucelli no comando do futebol, conseguiu se recuperar. Nos 14 jogos restantes, alcançou 22 pontos, um a menos do que nas 25 partidas anteriores.
Os primeiros atos da gestão MM foram a demissão de Mário Sérgio e o retorno de Geninho ao banco de reservas. Além disso, ele despediu o então diretor de futebol Edinho Nazareth.
É nesse retrospecto, dentro e fora de campo, que o Atlético se espelha para fugir da degola. O próprio exemplo anterior será utilizado como motivação para que os jogadores se conscientizem de que é possível escapar o time precisa de pelo menos 21 pontos, de acordo com a matemática mais otimista. Procurado pela reportagem, Malucelli não foi localizado.
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