O técnico Mano Menezes não se preocupou com a quantidade de jogadores tirados de cada clube brasileiro para formar a lista de convocados da seleção, anunciada nesta terça-feira, para enfrentar a Colômbia, no dia 14 de novembro em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O treinador não repetiu a estratégia adotada no fim do ano passado, quando não chamou atletas que atuavam no Brasil para não atrapalhar na reta final do Brasileirão, e desta vez levou nomes de sete equipes do País.
Além de Santos (Arouca e Neymar) e Corinthians (Fábio Santos e Paulinho), que tiveram dois atletas convocados, outros cinco clubes brasileiros (Botafogo, Atlético-MG, São Paulo, Fluminense e Internacional) terão que ceder um jogador em meio à reta final da competição nacional. Mesmo assim, Mano Menezes garantiu que estas equipes não serão prejudicadas, já que o Brasileirão não terá rodada no dia do amistoso.
"Como norte para a convocação foi fundamental o fato de as equipes não jogarem na data em que jogaremos, então se esvai esse prejuízo. Não tem jeito, alguma questão sempre vai ser abordada em relação ao interesse individual de cada um, do mesmo jeito que também temos os nossos. Mas não teremos o prejuízo de interferir no Brasileiro", declarou.
O técnico chegou a dizer que não levaria jogadores de clubes do País para este amistoso, mas mudou de ideia após as boas exibições da seleção nas goleadas por 6 a 0 diante do Iraque e 4 a 0 contra o Japão, neste mês. "Já havia refeito meu pensamento porque não teremos o prejuízo. Sempre que tivermos a possibilidade de repetir, com o sentimento de evolução, devemos aproveitar. Não podemos abrir mão de fazer isso", explicou.
A convocação pode deixar alguns clubes irritados, como o Santos, que já reclamou publicamente por diversas vezes de perder atletas para a seleção, e o Corinthians, que estará em reta final de preparação para o Mundial de Clubes. Mesmo em relação ao time do Parque São Jorge, Mano Menezes não vê a cessão de jogadores como obstáculo.
"Provavelmente o Corinthians retirou alguns jogadores de algumas rodadas ao fazer o planejamento e pode fazer isso para este período. Não vai significar um prejuízo tão grande para a preparação. Temos as nossas prioridades e abrimos mão em alguns momentos quando foi extremamente necessário, mas não podemos fazer isso sempre porque senão não chegaremos onde queremos", afirmou.
No entanto, o próprio treinador admitiu que o essencial seria não atrapalhar nunca os times brasileiros em rodadas do campeonato nacional e cobrou que um melhor calendário seja elaborado no futuro. "São questões mais amplas e estruturais. Acredito que para o ano que vem não se tenha uma solução ideal, mas no futuro teremos. Senão essa situação se agrava, o desgaste é muito grande e se paga um preço muito alto estando nesse cargo (de técnico da seleção)".
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