| Foto: Jarbas Oliveira/AE

R$ 1,2 milhão

É o valor aproximado da dívida do Paraná com os jogadores, que causou a paralisação de um dia, na última semana da Série B. A conta – referente a um salário e duas parcelas de direito de imagem – ainda não foi integralmente paga.

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A nossa retrospectiva

Fim de ano traz o obrigatório ritual da reflexão e da projeção. Reflexão sobre tudo o que foi feito nos 12 meses anteriores. Projeção daquilo que pode melhorar nos 12 seguintes. É seguindo essa lógica que a Gazeta do Povo Esportiva de hoje foi concebida. Uma edição especial, com o melhor e o pior de um ano de trabalho duro para quem cobre esporte.

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Wellington Silva teve temporada peculiar na Vila Capanema. Primeiro, era o artilheiro dos gols gêmeos. Se balançasse a rede uma vez, podia apostar que viria mais um antes do apito final. Foi assim até quando teve dois gols anulados, contra o Londrina. Mas a marca mais forte apareceria no dia 19 de setembro, no Castelão, no 1 a 0 sobre o Ceará. Como um atacante de ponta do vôlei, deu um tapa na bola com a mão esquerda e correu para comemorar. O árbitro Helbert Costa Andrade validou o lance bizarro. Blindado pela diretoria, Wellington virou hit na internet, com sua imagem já histórica dando literalmente um tapa na bola sendo adaptada às mais diversas situações.

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Chuteiras cruzadas - 23% (foto 1)

O ano já parecia morto para o Paraná. Era última semana de Série B, o time não corria risco de rebaixamento nem tinha chance de acesso. Monotonia rompida por uma incomum paralisação. Com duas parcelas de direito de imagem e um salário atrasados, os jogadores paranistas passaram uma manhã sem treinar e ameaçaram não entrar em campo contra o Fortaleza, na última rodada da competição. A situação foi contornada com um parcelamento (ainda não totalmente pago) do débito. Nada capaz de apagar uma mancha vergonhosa no ano em que o clube completou duas décadas.

SuperComelli - 11% (foto 2)

A boa campanha no desfecho da Série B do ano passado deu a Paulo Comelli status de Vanderlei Luxemburgo na Vila Capanema. Com autonomia para contratar, o técnico formou o seu time para o Paranaense. Um time que tinha Gedeon, Wando, Lenílson, Hernani, Edu Silva, Jonathas e Osmar, entre outros. Nenhum deles vingou no Tricolor. Comelli também não durou muito. Caiu durante o Estadual. Deixou de herança um elenco fraco, que precisou ser refeito durante a Segunda Divisão.

Ciranda tricolor - 11% (foto 3)

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Começou com Paulo Comelli. Passou para Wagner Velloso (foto). Foi para o velho conhecido Zetti. Esteve com Sérgio Soares. Ficou por um jogo com o interino Ageu Gonçalves. No fim, caiu no colo de Roberto Cavalo – e até prosperou. O comando técnico do Paraná trocou de mãos com frequência em 2010. Ao todo, cinco técnicos efetivos, menos de três meses de trabalho para cada um. Ciranda iniciada em 2007, ano do rebaixamento, e que já foi aberta para 2010, com a contratação de Marcelo Oliveira.

No meio do caminho - 8% (foto 4)

O 10º lugar, bem no meio da tabela, refletiu com exatidão o que foi a campanha do Paraná na Série B deste ano. Embora tenha passado quatro rodadas na zona de rebaixamento, a queda à Terceira Divisão em momento algum passou de um fantasma. De acesso, então, nem esperança. Quando entrou na metade de cima da tabela – e ainda assim não foi além do 8º lugar –, o Tricolor já não tinha mais chance matemática de acesso. A equipe também mudou ao sabor das estações. Da estreia com o Bahia (derrota por 2 a 0) para a despedida com o Fortaleza (empate por 1 a 1), só sobraram Bruninho e Marcelo Toscano. O primeiro, após passar o campeonato inteiro fora até do banco. O segundo, migrando da lateral-direita, onde era mais um, ao ataque, onde transformou-se em artilheiro da equipe.

Tricolor dividido - 6% (foto 5)

O profissional para a L.A. Sports, o departamento de formação para a Base. Assim o Paraná fatiou seu futebol em 2009. E assim deu corda para uma briga entre os parceiros. No Paranaense, a Base reinou. Viu garo­­tos como Elvis, Bruninho e Vinícius atuarem frequentemente. Na Série B, hegemonia da L.A., que voltou a despejar atletas no clube. Nos basti­­dores, a guerra fria teria resultado na invasão da Vila por integrantes da Fúria Independente para agredir joga­­dores da L.A., que tirou suas prin­­cipais peças do clube no fim do ano.

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