A seleção da Argentina não atravessa bom momento. A contratação de Diego Armando Maradona para assumir o time foi mais uma tentativa de acabar com o incômodo jejum de títulos do time principal, cujo último título foi a Copa América de 1993. E até o próprio ídolo não escapa das críticas. Depois de divulgar a sua primeira convocação, ele teve de conviver com ironias e contestações por parte da imprensa local.
Os jornais "Olé" e "La Nación" foram os mais incisivos. O primeiro chegou a publicar na capa desta quarta-feira uma montagem em que Maradona e Carlos Bilardo, secretário-geral da seleção, aparecem com os rostos machucados. "Assim não vamos ao Mundial", diz o título.
Na verdade, a decisão do diário é uma resposta às críticas feitas por Bilardo, que acusou a imprensa argentina de ser muito ofensiva, agressiva e impaciente. O "Olé" explica detalhadamente por que contesta alguns nomes da primeira lista de convocados de Maradona e discorda da postura adotada por Bilardo. Chega a dizer que o agora secretário-geral não é mais o que foi um dia (ele comandou a seleção campeã da Copa do Mundo de 1986).
O diário diz que o time argentino cheira a naftalina, por causa dos muitos jogadores "experientes" convocados, como Heinze, de 30 anos, e Zanetti, de 34. E critica a ausência do volante Cambiasso, do Inter de Milão, um dos melhores jogadores da época de Alfio Basile (o ex-treinador).
O "La Nación" adota postura mais suave, mas não deixa de criticar alguns pontos da convocação. Afirma que a lista de Maradona é quase uma cópia da de Basile.
E o "El Gráfico" também faz uma análise detalhada. Lembra que o goleiro Pato Abbondanzieri não foi chamado, diz que a defesa, a quem chama de "velha-guarda", merecia uma renovação, e destaca que Mauro Zárate, principal atacante argentino na Itália, merece uma oportunidade no futuro.
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