Helsinque, Finlândia (AE) – Grande parte do percurso da maratona, no Mundial de Atletismo de Helsinque, Finlândia, será em loop, um circuito fechado de dez quilômetros que, inclusive, estará cercado por grades. A maratona será de mais fácil controle quanto a segurança dos atletas. "Não será possível que alguém intercepte um competidor como aconteceu com Vanderlei em Atenas", disse, ontem, o mexicano César Moreno, delegado-técnico da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF). Moreno, no entanto, não atribui à segurança a decisão dos organizadores de fazer a maratona, prova de 42km195m, em circuito fechado.

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Segundo Moreno, os motivos principais para a adoção do loop é que esse tipo de percurso proporciona "mais comodidade aos atletas – que podem conhecer melhor a rota em que vão correr – e permite ao público acompanhar a corrida". Num percurso aberto, o público pode ver a prova uma única vez. Nesse tipo de trajeto escolhido os atletas terão de passar pelo mesmo ponto três vezes. "Quem vê a maratona, só pode acompanhar instantes ou então, no estádio, pelo telão. Assim, será mais interessante", disse Moreno.

Mas também admitiu que as ações de segurança foram bem modificadas em relação ao que foi feito em Atenas. "Haverá barreiras separando o público dos corredores. Os policiais estarão bem próximos uns dos outros ao longo do percurso. Ninguém poderá entrar na prova, como em Atenas", garante.

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A maratona do Mundial será neste sábado, a partir das 8h20 (de Brasília). "Os atletas farão cerca de 5 quilômetros até entrar no loop", explica Ricardo D’Angelo, técnico de Vanderlei Cordeiro de Lima, maratonista que foi empurrado quando liderava a prova nos Jogos Olímpicos de Atenas, há um ano, e ainda terminou a corrida para ficar com a medalha de bronze. Vanderlei, que completa 36 anos hoje, só ontem chegou a Helsinque, vindo de Paipa, na Colômbia, onde passou as últimas cinco semanas treinando.