A eliminação na Copa do Brasil faz o Atlético trocar o sprint por uma maratona para readaptar o planejamento do ano e atingir seu principal objetivo: voltar à Libertadores. A derrota para o Fluminense (1 a 0) tirou do Rubro-Negro a possibilidade de em quatro jogos brigar pelo título da competição nacional. O que seria o atalho perfeito ao torneio continental transformou-se na estrada mais longa, árdua e concorrida do Campeonato Brasileiro.

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Só isso já seria suficiente para o abatimento da equipe. Mas o fato de chegar tão perto e uma olhada simples na tabela dos futuros concorrentes aumentaram a frustração. Nenhum papão da Copa do Brasil, como Grêmio (na Libertadores) e Cruzeiro (já eliminado), estaria pela frente. Além do Flu, os outros semifinalistas são Figueirense, Brasiliense e Botafogo.

"Sabíamos que não seria fácil. Mas tínhamos consciência de que poderíamos ser campeões", lamentou o atacante Pedro Oldoni, que entrou no segundo tempo da partida de quarta-feira.

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"Realmente não estava tão difícil. Revertemos resultados importantes contra o Vitória e o Atlético-GO, ganhamos confiança e mostramos qualidade. Estávamos próximos e por isso o sentimento é ainda pior", confessou o zagueiro Marcão. Os dois atletas participaram ontem de uma sessão de autógrafos do um álbum de figurinhas Desafio dos Campeões.

Chateado com a eliminação na Arena, Marcão só conseguiu pegar no sono às 6 horas da manhã. Por várias vezes reviu mentalmente lances que poderiam ter mudado a história rubro-negra.

"Eu e todo o grupo estamos muito tristes. Depois você fica imaginando se não houvesse acontecido isso, se aquela bola tivesse entrado. É complicado. Nosso trabalho foi pensando na Copa do Brasil, tivemos dois jogos muito iguais contra o Fluminense. Mas infelizmente não deu certo", acrescentou o defensor.

Se ontem ainda foi dia de lamentações pela nova eliminação atleticana nas quartas-de-final da Copa do Brasil, hoje o clube começa a se recompor para o Brasileirão. A estréia é neste sábado, contra o Figueirense, em Florianópolis.

A nova realidade implica em uma transformação de atitude. A concentração e a motivação elevada exigidas pela pressão dos duelos mata-matas dá espaço agora à regularidade.

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"O mais importante é esquecermos o que passou e trabalharmos por um desempenho regular no Brasileiro. Buscar pontos fora, ganhar em casa e nos mantermos sempre entre os melhores. Assim podemos pensar em uma vaga na Libertadores e no título", ensina Oldoni.