O zagueiro e lateral-esquerdo Marcão está prestes a escrever definitivamente seu nome na história do Atlético. O capitão rubro-negro pode conquistar a Copa Libertadores da América, deixando sua marca como líder, guerreiro e principal alicerce do time que surpreendeu a todos chegando à decisão.
Aos 30 anos de idade, o camisa 5 do Furacão sabe que pode superar ídolos que levantaram outras taças, como Nem (Brasileiro de 2001) e Nilo Biazetto (Estadual de 1949, com o time que ganhou o apelido de Furacão). Afinal, nunca uma equipe do Paraná conquistou o torneio continental.
"É o sonho de qualquer jogador disputar a Libertadores, imagina vencê-la. Ainda mais para nós que tivemos tantos problemas no começo da competição. Muita desconfiança e ninguém sabia o que aconteceria. Com a chegada do Lopes (Antônio, treinador) crescemos muito. O título será importante para nosso currículo, para o clube, para a cidade de Curitiba e para o estado do Paraná", disse.
Único titular do time natural de Curitiba (o meia Ticão, reserva, também nasceu na capital paranaense), Marcão reconhece que para ele a disputa por um troféu tão importante tem um sabor ainda mais especial. Mesmo tendo começado a carreira no rival Coritiba, ele já se identificou com as cores vermelho e preto, e agora deseja ser para sempre o "Marcão do Atlético".
"Conquistando a Libertadores vou ficar marcado no nome da minha cidade pelo resto da minha vida. Conheço muita gente aqui e sei o que representa essa vitória. Então esse jogo (contra o São Paulo, amanhã, às 21h45) é o jogo da minha vida", revelou.
Como sempre humilde, desde quando foi indicado pelo então técnico Mário Sérgio e chegou ao CT do Caju sem nenhum alarde, em janeiro de 2004, o jogador reconhece que já pensou no momento em poderá erguer a taça no Morumbi. Porém, nunca esquece de quem tanto o auxiliou nessa caminhada: os companheiros de time.
"Sonho com o momento de levantar a Taça Libertadores da América, será maravilhoso para mim. Mas eu serei só um símbolo naquele instante. Quero todos os companheiros junto comigo porque esse grupo é vencedor, recebemos muitas críticas e demos a volta por cima", afirmou.
Marcão não esconde que o mercado europeu aberto até o fim de agosto torna atraente eventuais propostas que possam aparecer. O contrato dele com o Atlético vai até dezembro de 2006. Porém, essa é uma conversa para depois da decisão de amanhã.
"Se algum clube tiver proposta, vai ter de conversar com o Atlético. Estou feliz aqui. Ainda não pensei nisso porque estou bem satisfeito com o clube. Uma boa oferta depois da Libertadores pode acontecer, mas se vencermos vai ter o Mundial no Japão, que todos os jogadores querem disputar. É uma dúvida boa. Esperamos conquistar esse título e depois pensar", desejou.