Marcelo Oliveira não se considera imune à tradição do futebol brasileiro| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

O jogo

Bahia não vence em Salvador

O Coritiba tenta hoje, contra o Bahia, acabar com seu desempenho ruim como visitante no Brasileiro – até agora soma quatro derrotas. Pelo retrospecto do rival, o time de Marcelo Oliveira tem uma ótima oportunidade, já que o Tricolor ainda não venceu como mandante. "Precisamos buscar [essa vitória longe de Curititba]. Só chega na frente quem tem bom aproveitamento em casa, e nós temos, e busca vitórias fora", aponta o técnico, que terá o volante Leandro Donizete e o lateral-direito Jonas de volta ao time titular.

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Com mais da metade da temporada já percorrida, o técnico Marcelo Oliveira é minoria entre seus companheiros de profissão.

Hoje, quando o Coritiba entrar em campo, às 16 horas, contra o Bahia, em Salvador, o mineiro de 56 anos completará 205 dias efetivos no comando alviverde – foi contratado ainda em novembro do ano passado. Tal longevidade no cargo é repetida por apenas quatro treinadores de equipes da elite do futebol nacional em 2011.

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Dos 20 clubes da Série A, 75% já alteraram o comando técnico pelo menos uma vez neste ano. Outros cinco times foram além e demitiram mais de dois técnicos em sete meses. O lanterna Atlético, rival mais ferrenho do Coxa, lidera o quesito com quatro nomes diferentes no banco de reservas, além de um interino.

Somente Corinthians, Fla­­mengo, Palmeiras e Atlético-MG também mantiveram o planejamento e não mandaram embora seus técnicos. Destes, apenas o Galo de Dorival Júnior não está entre os cinco primeiros colocados, ao contrário de Vanderlei Luxemburgo e Felipão, que brigam com Tite pela liderança.

Para Oliveira, sua estabilidade é decorrente de uma combinação de fatores. "A diretoria do Coritiba me convidou para um projeto e dá uma condição muito boa, um suporte excepcional. E a gente obteve resultados também. O aproveitamento no primeiro semestre é muito bom. Os números indicam isso", diz, avalizado por um aproveitamento de 78% em 44 partidas.

Com ele, o Coxa – campeão estadual e vice da Copa do Brasil – venceu 33 vezes, empatou quatro e perdeu sete.

Nas últimas oito temporadas, Coritiba fechou o ano sem mexer no comando técnico em apenas três ocasiões. Foi assim com Antônio Lopes (2004), Dorival Júnior (2008), e com Ney Franco, no ano passado. Pelo comportamento e discurso da atual diretoria, Oliveira se juntará a eles em dezembro, apoiado no próprio histórico do Brasileiro.

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Desde que o sistema de pontos corridos foi implantado, em 2003, só duas vezes um clube venceu o Brasileiro utilizando-se de mais de um treinador. As exceções aconteceram em 2005 e 2009, com Corinthians e Flamengo, respectivamente. Os outros seis campeões – Cruzeiro, Santos, São Paulo (três vezes) e Fluminense – disputaram todo o campeonato sob a direção de um mesmo chefe.

"Sou um técnico que adora o que faz. Acho que domino muito bem meu trabalho. Estou sujeito aos elogios, ao reconhecimento, às críticas, e respeito todas elas. E também a essa cultura do futebol, como todos os outros técnicos", conclui Oliveira, lembrando que também não é imune à falta de resultados.

Colaborou Gustavo Ribeiro

Ao vivo

Bahia x Coritiba, às 16 h, no tempo real da Gazeta do Povo

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