Quando ainda estava na Arábia Saudita, em junho, Marcinho revelava o desejo de retornar o quanto antes à Baixada, de onde saiu emprestado para o Al-Ahli no início de 2010. "Só uma oferta espetacular me tira do Atlético", dizia o jogador. Anseio realizado no mês seguinte, ele voltou aos poucos ao time e, com o gol decisivo contra o Santos, espera marcar o reencontro com o bom futebol da primeira fase no clube.
"Essa é a minha esperança, ter o mesmo desempenho de 2009. Foi um ano muito bom para mim, fui campeão paranaense, artilheiro da equipe no Brasileiro, com 11 gols, e vice-artilheiro do ano, com 17", relembra Marcinho, que naquela temporada fez dois gols a menos do que Rafael Moura.
Considerando a performance das quatro partidas que ele fez pelo Nacional uma vindo do banco de reservas, diante do Vasco , o torcedor pode ficar animado. Além do gol do último domingo, que valeu três pontos para o Rubro-Negro, o meia-atacante deu três assistências.
"Ainda estou em processo de readaptação, pois o ritmo e o nível do futebol na Arábia eram outros. Mas já me sinto bem. Quero muito ajudar o Atlético, tenho um carinho especial pelo clube", afirma Marcinho, presença certa para o jogo com o Atlético-GO, amanhã, às 21 horas, em Goiânia.
Fora do gramado, o período no "mundo árabe" não foi nada fácil. "Eu tinha muito tempo para a família, mas era desgastante para a minha esposa [Gabriela], que gosta da liberdade de uma mulher normal, e lá não tem. Hoje posso ver o sorriso dela e da minha filha [Raissa]", comenta o baixinho.
Apesar disso, valeu a experiência. "Cresci bastante, como homem, profissional, aprendi a ver uma cultura muito diferente", complementa. De volta ao Brasil, ele correu para matar a saudade de uma boa churrascaria. "Senti muita saudade, confesso, de uma picanha, linguicinha. Lá é muito carneiro. Logo que voltei, coloquei a parte alimentar em dia. Curitiba tem algumas muito boas. Sem contar a cidade, que é ótima."
Com tudo em casa novamente, falta confirmar a recuperação atleticana. "Nosso time deve crescer. Antes eu já estava acompanhando, vejo atletas como Kléberson, Deivid, Morro, Madson... Temos um grupo forte e condições de fazer uma campanha do nível do Furacão."
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