Marcinho saiu do banco para mudar o jogo do Atlético com o Inter| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
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Marcinho não anda feliz com a forma que vem sendo escalado pelo técnico Antônio Lopes – quando é ­­escalado. No empate por 1 a 1 com o Internacional, sábado, em Porto Alegre, o meia ficou no banco, entrou no intervalo e desequilibrou no segundo tempo.

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Ao lado de Patrick, Marcinho deu nova vida ao ataque atleticano. Fez a jogada do gol do Furacão (marcado por Patrick) e, ao final da partida, resolveu desabafar.

"Se quando ficar no banco eu disser que estou feliz, para mim o futebol acabou", afirmou, queixando-se de não estar sendo bem aproveitado nos esquemas táticos do Delegado. "Tenho de jogar assim, com liberdade, me movimentando. Ou sou segundo atacante ou um meia. Não posso disputar posição com o Alex Mineiro lá na frente", reclamou, voltando a tornar público algo que já o incomodara nos tempos de Geninho e Waldemar Lemos.

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A prioridade pela defesa em algumas partidas faz Lopes colocar apenas um atacante no time. A insatisfação de Marcinho aconteceu após o jogo com o Grêmio. O meia foi substituído por Alex Mineiro no intervalo para deixar o Furacão mais ofensivo.

"Sou submisso ao professor (Lopes) e faço tudo da maneira que ele pede. Mas fui punido pela forma como estávamos jogando. Não dá para jogar daquela maneira em casa", contestou, relembrando a retranca formada para anular as principais peças gremistas. "No futebol hoje em dia todo mundo tem de marcar, até os atacantes. O Inter empurrou a gente para trás no primeiro tempo porque não estávamos marcando lá na frente", rebateu o treinador.

Apesar de concordar que ninguém pode ficar sem marcar, Marcinho quer um pouco mais de liberdade. As tarefas em campo não são a única queixa do jogador. Ser o primeiro a ser substituído também não o agrada.

"Isso é outra coisa que é muito chata. Ninguém gosta de sair ou de ficar fora", comentou, sabendo que chegou no início do ano como principal contratação para a temporada e só no segundo turno do Brasileiro começou a dar resultado. "Sei da minha importância e quero assumir essa responsabilidade", avisou ele, que apesar das idas e vindas, é o artilheiro do Atlético no Na­­cional, com sete gols.