O presidente do Flamengo, Marcio Braga, roubou a cena durante o lançamento do Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos, nesta segunda-feira, no Esporte Clube Pinheiros. Integrante da diretoria do Confao, o rubro-negro não poupou críticas ao mandatário do COB, Carlos Arthur Nuzman, e cobrou mais abertura da entidade sobre o destino da verba recebida pela Lei Agnelo/Piva.

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"Já ouvi falar que 50% do que o COB recebe é investido em administração. Algumas pessoas falam em até 55%. Isso é um escândalo, um crime. A solução não é muito complexa, mas é preciso apurar. Como são recursos públicos, precisamos saber onde vão parar", declarou, visivelmente exaltado, Marcio Braga.

Diante desse número é que o Confao pretende reivindicar parte da verba que vem de 2% do total arrecadado com as loterias federais no Brasil. Por considerar que 20% é o suficiente para administração do COB, os dirigentes dos clubes formadores de atletas olímpicos pleitearão pelo menos 30% do recurso da lei de incentivo.

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"Se eles trabalham com 50% para administração e o razoável é em torno de 20%, tem 30% sobrando aí. Vamos ainda analisar e discutir melhor o quanto vamos reivindicar, mas pode ser isso", falou o presidente do Confao, Sérgio Bruno Zech Coelho, também mandatário do Minas Tênis Clube.

Outra crítica à gestão de Nuzman à frente do COB é com relação à festa do Prêmio Brasil Olímpico. Mais precisamente com o valor gasto na organização do evento.

"Foi gasto R$ 1,7 ou R$ 1,8 milhão, conforme divulgado na imprensa, na festa de premiação do COB no ano passado. Claramente há excesso", falou Marcio Braga.

Os dirigentes dos principais clubes que contam hoje com atletas olímpicos reclamaram bastante de não terem sido convidados para o evento.

"Na festa de 1,8 milhão, todos os atletas passíveis de premiação eram de clubes. E nenhum dirigente foi convidado", esbravejou Sérgio Coelho, do Minas Tênis.

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Integrante da reunião que mais falou e mais criticou o COB, Marcio Braga ainda aproveitou para dar uma cutucada em Nuzman com relação à candidatura do Rio de Janeiro para sede das Olimpíadas de 2016.

"Não tenho a menor dúvida que o COB está mais preocupado com os recursos que vai receber para a candidatura do Rio de Janeiro à sede das Olimpíadas de 2016 do que com os clubes", finalizou o presidente do Flamengo.