O goleiro Marcos fez nesta terça-feira um pedido público de desculpas ao técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, afirmando que não tinha intenção de desrespeitar o comandante por se lançar ao ataque no jogo com o Grêmio, no último domingo, sem autorização
"Fiz confusão com o tempo. Achei que faltavam só sete minutos, não mais de 15, e que, perdido por um, perdido por mil. E aí fui para o ataque. Não quis passar por cima do comando do Vanderlei e muito menos criticar meus companheiros de equipe. Só queria ajudar", afirmou o goleiro nesta terça, em entrevista coletiva
Criticado publicamente por Luxemburgo logo após o jogo, Marcos se assustou com a repercussão do caso. Foi a segunda vez em menos de um mês que ele foi repreendido por Luxemburgo - a primeira tinha sido após as críticas ao time na derrota para o Fluminense. "Não tem grupo do Vanderlei e grupo do Marcos. Nunca teve isso aí. Jamais dividiria o grupo por vaidade, ainda mais por tudo o que o Vanderlei fez por mim.
Marcos e Luxemburgo estiveram nesta terça na Academia de Futebol mas não conversaram. O técnico passou o tempo todo em sua sala, enquanto o goleiro fez trabalho de fortalecimento físico. "Nem tive oportunidade de falar com o grupo ainda. Vou pedir desculpas. Acho que o pessoal já sabe que eu não fiz por mal, mas quero falar isso na cara de todos", disse o goleiro, que também prometeu não dar mais entrevistas depois dos jogos. "Estou tentando me policiar para diminuir o número de polêmicas que eu causo.
O goleiro explicou que teve a melhor das intenções ao subir quatro vezes para o ataque - a primeira delas aos 29 minutos do segundo tempo, logo depois do gol gremista. "Em campo, ninguém me falou nada. Nem vi o Vanderlei. No vestiário, também ninguém comentou. Só quando cheguei no carro é que minha mulher falou que tinha só 29 minutos na primeira vez que fui ao ataque. E aí percebi a besteira que fiz.
Marcos disse que o vínculo criado em 16 anos de clube faz com ele sinta mais que os outros a cobrança da torcida. "Pode ter certeza que ninguém me cobra mais do que eu mesmo. Com 16 anos de clube, você deixa de ser profissional". E jurou que estava se sentindo bem para a partida, Ladislau, na semana anterior. "Queria muito ganhar o jogo para dedicar a vitória a ele. Claro que, num primeiro momento, você perde o chão, fica inconformado. Mas acho que minha atuação até que foi boa. Fiz duas defesas difíceis.