Um dos maiores temores do Coritiba ao anunciar o projeto de construção de um novo estádio no mesmo local onde hoje está o Couto Pereira era saber se a obra é ou não viável. De acordo com o vice-presidente do alviverde, Marcos Hauer, a resposta da Prefeitura de Curitiba, dada em reunião realizada nesta quinta-feira (19), foi a esperada: "É viável sim. Temos alguns ajustes para fazer, mas as perspectivas são excelentes", afirmou, em entrevista à Gazeta do Povo Online.Apesar de transparecer uma ponta de frustração, Hauer fez questão de manter o otimismo em relação ao andamento do processo. "Gostaria mesmo é de ter saído de lá com um carimbão no projeto, autorizando tudo. Mas está bem encaminhado. O pessoal foi muito solicito e todos apoiando o projeto. Eles acharam as idéias fantásticas e, quando implantado, será uma referencia para a cidade", disse.
A reunião foi solicitada pelo departamento técnico da Secretaria de Urbanismo. Estiveram presentes técnicos especializados e membros do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
"Foi uma reunião técnica, solicitada pela prefeitura para que fossem feitas algumas considerações e avaliações até superficiais do anteprojeto. Pedimos alguns ajustes e eles ficaram de nos apresentar em seguida", explicou o secretário de Urbanismo, Luiz Jamur, por intermédio de sua assessoria de imprensa. "São avaliações rotineiras para empreendimentos de grande porte. Foi a primeira de muitas outras reuniões".
No geral, o departamento técnico questionou o Coritiba sobre problemas de circulação de veículos e pessoas durante e depois da obra concluída. "Essa é a preocupação maior da prefeitura. Parafraseando o presidente do Ippuc (Cléver Ubiratan Teixeira), não adianta termos o estádio mais moderno e atualizado da America latina, se não tivermos condições de acesso a ele. Tudo tem solução, mas isso vai ocupar o pessoal da W/Torre (construtora responsável pela obra) pelos próximos dias".
Próximo passo
A pressa é do Coritiba. "A pressa é nossa, mas o interesse é de todos. Agora está nas mãos do pessoal da construtora, que é investidor e quer logo ter retorno para seus investimentos. Vamos acelerar e ficar em cima deles para levar isso para a prefeitura o quanto antes".
Questionado sobre a possibilidade do projeto ser engavetado (por qualquer razão que seja), Hauer foi enfático. "Não existe essa possibilidade. Sentimos que a coisa não vai encalhar, já que, inclusive, todos do Urbanismo se colocaram a nossa disposição para eventuais dúvidas. Eles têm demonstrado a maior boa vontade, mas é óbvio que querem preservar as normas técnicas. Nada mais. Teremos muitas outras reuniões como essas".