São Paulo O goleiro Marcos, do Palmeiras, recebeu com tranqüilidade sua ausência na lista final de Carlos Alberto Parreira e considerou sua carreira em Mundiais encerrada. "Já estou velho e as bolas estão ficando cada vez menores", brincou o jogador, que acompanhou a convocação. "Quando ouvi o nome do Kaká e a letra M passou batida, vi que a Copa tinha terminado para mim."
Na opinião de Marcos, que conquistou o pentacampeonato mundial em 2002, com Luiz Felipe Scolari, a decisão do técnico da seleção brasileira foi coerente. "Entre chamar um goleiro que está parado há três meses e outro que é campeão do mundo e que vem sendo o destaque do São Paulo, o mais certo era chamar o Rogério mesmo", disse a respeito do colega que tomou seu lugar.
Da Espanha, o meia Júlio Baptista, do Real Madrid, também manifestou tranqüilidade ao falar sua exclusão. "O que era para fazer eu fiz", afirmou ele, que atribuiu parte da sua ausência à má fase do Real.
"Complicou. Se o Real Madrid tivesse feito um campeonato melhor, talvez eu fosse chamado. Eu tinha jogado a Copa das Confederações, a Copa América, metade das eliminatórias, mas infelizmente só recentemente o Real melhorou como um todo", disse o meia.
Talvez a maior ausência tenha sido a do zagueiro Roque Júnior, que atuou em 14 dos 18 jogos das eliminatórias (77%) e em 53% das partidas da seleção na gestão de Parreira foi, inclusive, capitão na Copa das Confederações.
Recuperado de uma lesão, Roque Júnior atuou por três partidas do Campeonato Alemão, inclusive nos 90 minutos da última rodada do torneio, mas não apareceu. A assessoria de imprensa do jogador divulgou que o zagueiro do Bayer Leverkusen optou por não fazer declarações.
Outros jogadores que também esperavam ser convocados eram Gustavo Nery e Nilmar, do Corinthians, e os são-paulinos Ricardo Oliveira e Júnior.
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