Um advogado suíço especializado em cooperação internacional deve defender o ex-presidente da CBF José Maria Marin no processo de extradição para os Estados Unidos.
Trata-se de Georg Friedli, que dirige o escritório Friedli & Schnidrig, baseado na capital Berna, onde o caso do ex-presidente da CBF está oficialmente sendo conduzido pelo Departamento de Justiça da Suíça.
A informação foi confirmada à reportagem pela cúpula da CBF. Localizado, o advogado não quis confirmar, mas não negou atuar no caso. “Não posso dizer nada. É muito cedo”, respondeu.
Marin está preso na Suíça desde a quarta-feira (27) após pedido das autoridades americanas sob a acusação de envolvimento num esquema de corrupção. Além do cartola brasileiro, outros seis dirigentes da Fifa foram detidos em Zurique, no mesmo dia.
Aos 63 anos, o advogado Georg Friedli é especializado, entre outras coisas, em acordos de cooperação internacional e questões criminais. Seu currículo também informa atuação em prevenção a lavagem de dinheiro, sigilo bancário, contratos, entre outros. O escritório informa em site trabalhar com clientes suíços e internacionais.
A Conmebol, que dirige o futebol sul-americano, dá assistência a Marin numa coordenação do diretor-geral da entidade, Georka Villar.
Conforme revelou a Folha de S.Paulo no sábado (30), Marin quer pedir prisão domiciliar enquanto espera o processo de extradição. Pretende usar como argumento a idade, 83 anos, e problemas de saúde que possam surgir na prisão. O brasileiro está numa cela individual na região de Zurique -o local é mantido sob sigilo pelas autoridades.
O governo suíço já solicitou às autoridades americanas para formalizar o pedido de extradição de Marin. Os Estados Unidos têm um prazo de 40 dias para enviarem o pedido. De acordo com a Suíça, o ex-presidente da CBF só poderá apelar de uma eventual decisão pela transferência depois de o governo local tomar essa decisão -período em que também ficará detido. O processo pode levar seis meses. Se o governo Suíço negar a extradição, os presos serão liberados.
Saiba como é a rotina de Marin na prisão
José Maria Marin só pode deixar sua cela em um presídio na Suíça uma vez por dia para caminhar no jardim da penitenciária. De acordo com a porta-voz do sistema de execuções penais de Zurique, Rebecca de Silva, o cartola não desfruta de nenhum privilégio em relação aos demais presos e tem direito a três refeições por dia: café da manhã, almoço e jantar. No almoço e no jantar, pode comer carne, vegetais, massa, arroz e batatas e, eventualmente, frutas de sobremesa.
Marin também não precisa ficar com uniforme de presidiário. As autoridades suíças dizem que ele pode usar roupas próprias, mas, se precisar, o presídio também oferece peças para ele vestir.
Segundo a Justiça suíça, ele pode receber a visita de advogados com hora marcada. Visitas de familiares e amigos, apenas uma vez por semana. Sem acesso a celular, o dirigente pode deixar a cela uma vez por dia para andar pelo jardim da prisão.
Apesar de ter 83 anos de idade, ele não tem privilégios. Se tiver algum problema de saúde, o cartola nem poderá deixar o presídio. Há um hospital dentro para atendê-lo.
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