Diante da paralisação do futebol por causa da pandemia de coronavírus e da consequente indefinição sobre a disputa da Segunda Divisão do Paranaense, o treinador Pachequinho e o diretor de futebol Augusto de Oliveira acabaram demitidos do Maringá.
A Divisão de Acesso tinha início previsto para abril, mas até o momento não tem uma nova previsão de data para começar. “Nossa saída está diretamente ligada à questão da pandemia”, explica Pachequinho.
O ex-treinador do Coxa, entretanto, acredita que poderia ter havido mais diálogo com a cúpula do time do interior neste momento de dificuldades financeiras.
“Poderíamos ter chegado a um consenso. Mas o Maringá já havia reduzido nossos salários e depois o que foi me passado é que não teriam mais condições nem de manter o salário reduzido”, prossegue.
Pachequinho havia sido anunciado em dezembro no clube. Apesar do trabalho interrompido, o técnico diz não guardar mágoas e compreender os drásticos impactos financeiros sofridos, especialmente nos clubes menores, diante do período sem jogos e arrecadação.
“Eu entendo a situação do clube e estava disposto a abrir mão de algumas coisas. Mas não houve nem uma proposta de sentar e conversar”, conta.
“O Maringá depende muito de patrocinadores e essas pessoas também foram afetadas. Então, não fico triste nem chateado, porque entendo o momento do Maringá e de diversos outros clubes do país”, continua.
O diretor Augusto de Oliveira também lamenta a interrupção do projeto que tinha a ambição de recolocar o Maringá na elite e estadual e, nos próximos anos, buscar maior projeção nacional.
“A gente tinha um projeto bem arrojado, mas pesou o lado financeiro. O clube deve operar agora com 20% ou 30% da capacidade econômica planejada inicialmente”, explica o também ex-diretor do Coritiba.
“Íamos para o terceiro mês com 50% de redução salarial, mas a falta de perspectiva, com 70% dos patrocinadores cancelando suas cotas, que era a receita prioritária do clube, comprometeu a capacidade de honrar até mesmo com os salários reduzidos”, reforça.
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